Representantes dos pa�ses-membros da coaliz�o que realiza a ofensiva militar na L�bia prometeram nesta ter�a-feira, durante uma confer�ncia em Londres, manter a press�o sobre o l�der l�bio, Muamar Kadafi, para que ele abandone o poder.
O encontro em Londres reuniu cerca de 40 enviados de diversos pa�ses, al�m da Liga �rabe, da Otan, e o secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, para discutir o futuro da L�bia.
A secret�ria de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse, em coletiva ap�s a reuni�o, que os ataques �s for�as pr�-Kadafi continuar�o at� que o l�der l�bio “cesse os ataques aos civis, recue suas tropas de locais onde elas entraram � for�a e permita que os servi�os-chave e a ajuda humanit�ria cheguem a todos os l�bios”.
O primeiro-ministro brit�nico, David Cameron, afirmou que a interven��o da coaliz�o internacional evitou um “massacre” no basti�o rebelde de Benghazi (leste do pa�s), atacado pelas tropas pr�-Kadafi, e deu uma “chance de liberdade” � L�bia.
“A raz�o de estarmos aqui � que o povo l�bio n�o pode buscar esse futuro (sem Kadafi) por sua conta”, afirmou. “N�s estamos todos aqui com um prop�sito �nico, que � o de ajudar o povo l�bio em seu momento de necessidade.”
Cameron agregou que a cidade de Misrata (oeste do pa�s) ainda est� sofrendo com o que ele chamou de “ataques assassinos” das tropas l�bias. “Recebi relatos nesta manh� de que a cidade est� sob ataque por terra e mar”, disse.
Processo pol�tico
O chanceler brit�nico, William Hague, disse que a pr�pria confer�ncia em Londres lan�aria um novo processo pol�tico para a L�bia, mas agregou que o destino de Kadafi e do pa�s “ser� decidido pelos pr�prios l�bios”.
Segundo ele, o mundo inteiro est� discutindo o futuro l�bio, n�o s� as pot�ncias ocidentais. Hague e Hillary chegaram a se reunir com representantes dos rebeldes l�bios em tamb�m Londres, mas estes n�o fizeram parte da confer�ncia.
Ao mesmo tempo, nos EUA, a embaixadora Americana na ONU, Susan Rice, declarou ao programa de TV americano The Early Show que o governo de Barack Obama n�o descarta armar os rebeldes para ajud�-los a combater o regime de Kadafi.
Documento
Em comunicado conjunto divulgado na segunda-feira, a Gr�-Bretanha e a Fran�a conclamaram correligion�rios do l�der l�bio a abandon�-lo ''antes que seja tarde demais''.
No documento, Cameron e o presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, afirmam que a confer�ncia ''ir� aproximar a comunidade internacional de modo a dar apoio � transi��o da L�bia de uma ditadura violenta para criar as condi��es para que o povo da L�bia possa escolher seu pr�prio futuro''.
Gr�-Bretanha e Fran�a foram os defensores mais veementes da implementa��o de uma a��o militar contra as for�as leais a Kadafi, que vinham avan�ando sobre �reas controladas por rebeldes que lutam contra o regime l�bio.
No documento, os l�deres dos dois pa�ses disseram que o governo l�bio perdeu toda a sua legitimidade e deve ''partir imediatamente''.
Nos �ltimos dias, combatentes anti-Kadafi retomaram o controle de cidades que haviam capturado no in�cio da rebeli�o contra o regime, mas que haviam ca�do nas m�os de for�as do governo.
Entre as cidades retomadas est�o �reas estrat�gicas no litoral do pa�s e que contam com instala��es petrol�feras, como Ras Lanuf, Brega, Uqayla e Bin Jawad.
Mas repetidos ataques realizados por tropas leais ao regime impediram-nos de alcan�ar Sirte, a cidade natal do coronel Kadafi e um alvo de forte simbolismo para os rebeldes.