postado em 30/03/2011 20:06 / atualizado em 30/03/2011 20:17
(foto: REUTERS / Zohra Bensemra)
O ministro l�bio das Rela��es Exteriores, Mussa Kussa, anunciou sua demiss�o nesta quarta-feira, logo ap�s chegar a Londres, informou o Foreign Office.
"Podemos confirmar que Mussa Kussa chegou ao aeroporto de Farnborough em 30 de mar�o procedente de T�nis. Viajou por conta pr�pria e nos disse que renunciou a suas fun��es" no governo de Muammar Kadhafi, revelou o Foreign Office.
Chefe dos servi�os de intelig�ncia entre 1994 e 2009, Mussa Kussa, 59 anos, era uma importante figura do Comit� Revolucion�rio, espinha dorsal do regime l�bio, e homem de confian�a do coronel Muammar Kadhafi.
Mussa Kussa ficou conhecido internacionalmente por seu papel na indeniza��o das fam�lias das v�timas dos atentados de Lockerbie (1988, 270 mortos) e do DC-10 da UTA (1989, 170 mortos), o que permitiu a retomada das rela��es de Tr�poli com o Ocidente.
O ministro chegou � Gr�-Bretanha depois de uma visita de dois dias a T�nis, apresentada oficialmente como uma "visita privada".
"Musa Kusa � uma das principais figuras do governo de Kadhafi e seu papel era representar o regime no exterior, o que j� n�o quer fazer", especifica o texto do Foreign Office.
"Animamos aqueles do entorno de Kadhafi a abandon�-lo e a optar por um futuro melhor para a L�bia, que permita uma transi��o pol�tica e uma verdadeira reforma que responda �s aspira��es do povo l�bio", conclui o comunicado do Minist�rio de Rela��es Exteriores.
As for�as leais ao dirigente l�bio Muamar Kadhafi, no poder h� 42 anos e confrontado por uma revolta desde 15 de fevereiro, reconquistaram nesta quarta-feira o porto petroleiro de Ras Lanuf, obrigando os rebeldes a mobilizar-se para o leste.
A ren�ncia do ministro � "muito significativa" e demonstra que os assessores do l�der l�bio estimam que o fim est� pr�ximo, afirmou um alto funcion�rio americano.
"Trata-se de uma ren�ncia muito significativa e um sinal de que os aliados de Kadhafi acreditam que o fim do regime est� pr�ximo", disse o funcion�rio, que pediu para n�o ser identificado.