
Mais de mil civis foram mortos na cidade de Duekoue, na regi�o oeste da Costa do Marfim, de acordo com informa��es da confedera��o de organiza��es humanit�rias da igreja cat�lica Caritas. Segundo a entidade, as mortes ocorreram numa �rea sob o controle de for�as que lutam para que Alassane Ouattara assuma a presid�ncia do pa�s. Ouattara � reconhecido internacionalmente como o presidente da Costa do Marfim e insiste para que Laurent Gbagbo deixe o cargo ap�s perder as elei��es de novembro.
O porta-voz da Caritas, Patrick Nicholson, disse que representantes visitaram Duekoue na quarta-feira e descobriram centenas de corpos de civis, mortos a tiros disparados de armas pequenas e cortados com machados. J� a Cruz Vermelha, que tamb�m fez vistorias separadas e independentes no local ontem e na quinta-feira, estimou o n�mero de mortos em Duekoue em cerca de 800. O porta-voz militar da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) disse n�o ter informa��es sobre os assassinatos em massa em Duekoue.
O porta-voz da Caritas disse que os assassinatos ocorreram durante tr�s dias em bairros controlados por combatentes leais ao Ouattara, embora n�o esteja claro quem cometeu os crimes. "A Caritas n�o sabe quem foi o respons�vel pelos assassinatos, mas afirma que uma investiga��o deve ser feita para estabelecer a verdade." Segundo ele, as v�timas incluem muitos refugiados de combates em outros locais do pa�s, onde for�as rivais t�m combatido por causa do resultado da elei��o presidencial de novembro. For�as ligadas a Ouattara, por�m, negam o envolvimento em atrocidades.
A Caritas acredita que as pessoas foram mortas � queima-roupa num pequeno bairro da cidade de 50 mil habitantes no momento em que combatentes pr�-Ouattara iniciavam uma ofensiva, partindo de duas frentes distintas, que os levaram rapidamente para Abidj�, a capital comercial do pa�s.
ONU
O coronel Chaib Rais, porta-voz da ONU, disse que quase mil capacetes azuis est�o em Duekoue protegendo a igreja cat�lica que tem mais de 10 mil (refugiados) em seu interior. Segundo ele, a ONU possui campos militares na �rea.
Ele disse por�m que n�o tem relatos sobre assassinatos em massa. "Houve confrontos nos dois dias anteriores, no domingo, e pessoas foram mortas, mas eu n�o posso confirmar esses n�meros", afirmou.
Na cidade de Abidj�, cerca de 1.400 estrangeiros, a maioria cidad�os franceses, se abrigaram hoje num campo militar franc�s enquanto for�as ligadas a Ouattara e a Gbagbo se enfrentavam nas ruas da cidade. "H� cerca de 1.400 pessoas aqui, um ter�o delas � francesa", disse o coronel Thierry Burkhard que est� no campo Port Bouet, localizado no caminho para o aeroporto da cidade costeira. Segundo ele, n�o h� planos imediatos do Ex�rcito franc�s para evacuar os estrangeiros. As informa��es s�o da Associated Press e da Dow Jones.