
O filho do l�der da L�bia afirmou que nem ele nem seu pai se sentem tra�dos pelo ex-ministro das Rela��es Exteriores de seu pa�s, Moussa Koussa, que est� na Gr�-Bretanha e que n�o teria inten��o de retomar suas fun��es na L�bia.
Em entrevista � BBC, Saif al-Islam Kadafi afirmou que Koussa viajou � Gr�-Bretanha por motivos de sa�de, e estaria sofrendo press�es por parte das autoridades brit�nicas para dar informa��es sobre o regime de Kadafi.
De acordo com o filho do l�der libio, Moussa Koussa recebeu autoriza��o para deixar a L�bia. Islam negou que Koussa tenha detalhes incriminadores a respeito do atentado de Lockerbie ou outros incidentes que contariam com a participa��o do governo de seu pai.
O atentado em 1988 provocou a explos�o de uma aernoave que ia de Londres para Nova York sobre a cidade escocesa de Lockerbie, causando a morte de 270 pessoas. ''Os brit�nicos e os americanos sabem sobre Lockerbie, eles sabem tudo sobre Lockerbie, ent�o n�o h� mais segredos'', afirmou o filho de Kadafi.
Imunidade
Ele acrescentou ainda que Koussa est� "muito doente", mas afirmou que representantes brit�nicos est�o tentando coagi-lo a revelar supostos segredos em troca de imunidade.
Promotores escoceses pretendem entrevistar Koussa sobre o seu suposto envolvimento no ataque de Lockerbie. A L�bia admitiu responsabilidade pelo atentado, em uma carta enviada ao presidente do Conselho de Seguran�a da ONU, em 2003.
Em 2001, Abdelbaset Mohamed Ali al-Megrahi, um ex-oficial da �rea de intelig�ncia l�bio, foi condenado como o principal respons�vel pelo atentado e condenado � pris�o perp�tua.
Ele acabou sendo libertado pelas autoridades escocesas em 2009, por raz�es humanit�rias, j� que estava com c�ncer de pr�stata e teria poucos meses de vida.
O epis�dio despertou grande pol�mica na Gr�-Bretanha e suscitou d�vidas sobre os reais motivos da liberta��o, com alega��es de que um acordo de bastidores teria sido costurado pelo ent�o governo trabalhista brit�nico e o governo de Kadafi, com vistas a romper o isolamento em que o regime l�bio se encontrava.
Iraque
Na L�bia, um porta-voz disse que o governo est� aberto � perspectiva de adotar reformas pol�ticas, mas defendeu a perman�ncia de Kadafi no poder.
Segundo o porta-voz Moussa Ibrahim, as reformas poderiam incluir ''elei��es, referendos, qualquer coisa'', mas acrescentou que ''o l�der (Kadafi) � quem tem que levar esse processo adiante''.
De acordo com o porta-voz, o coronel Khadafi representa uma ''v�lvula de seguran�a para que o pa�s permane�a unido''. ''O l�der representa para as tribos l�bias e para popula��o l�bia uma figura unificadora'', comentou Ibrahim. "Muitos l�bios querem que ele leve o processo adiante porque est�o assustados; porque se ele n�o estiver ali, por um motivo ou por outro, acontecer� o que aconteceu no Iraque, na Som�lia, no Afeganist�o.''
O porta-voz tamb�m negou que o regime de Kadafi esteja atacando civis. ''N�s estamos lutando contra mil�cias armadas. Voc� n�o � um civil se voc� decide pegar em armas.''
Acusa��es
Os combates entre for�as rebeldes e tropas leais ao regime prosseguem na L�bia. Pessoas que fugiram da cidade de Misrata, a �nica grande cidade no oeste da L�bia que ainda est� sob controle rebelde, relataram que correligion�rios de Kadafi praticaram atrocidades contra civis para tentar retomar o controle.
Segundo um morador, havia corpos espalhados pelas ruas e os hospitais est�o sobrecarregados. No domingo, um navio contendo mais de 250 pessoas feridas vindas de Misrata chegou a Benghazi.