A C�mara dos Deputados da It�lia aprovou nesta ter�a-feira, por 314 votos a favor e 302 contra, uma declara��o de que existe um conflito de atribui��es entre o Parlamento e o Poder Judici�rio no �mbito do processo contra o primeiro-ministro Silvio Berlusconi por concuss�o e prostitui��o de menores.
A declara��o foi apresentada pela base parlamentar governista e votada na presen�a de v�rios ministros italianos, como o chanceler Franco Frattini.
O texto afirma que a Procuradoria de Mil�o n�o respeitou a resolu��o votada em 3 de fevereiro pela C�mara, que dizia que o �rg�o n�o era competente para cuidar das investiga��es sobre o chamado caso "Ruby".
O documento aprovado hoje afirma que, mesmo ap�s a resolu��o de fevereiro, a ju�za de investiga��es preliminares de Mil�o, Cristina Di Censo, acolheu o pedido de julgamento imediato do premier e fixou para 6 de abril a data da audi�ncia.
Os deputados opositores criticaram a vota��o realizada nesta ter�a-feira. Para o l�der do partido It�lia dos Valores (IDV) na Comiss�o de Justi�a da C�mara, Federico Palomba, foi "uma vergonha ver os ministros presentes" na vota��o para "salvar o premier de suas brigas com a Justi�a".
J� o deputado Fabio Granata, do Futuro e Liberdade para a It�lia (FLI), disse que "o Parlamento � um ref�m dos problemas judici�rios do premier".
Nesta manh�, Berlusconi havia dito que h� uma persegui��o contra ele, ap�s a divulga��o, por parte da imprensa italiana, de intercepta��es telef�nicas que integram as investiga��es da Procuradoria de Mil�o.
O premier � acusado pelos promotores de ter pago para manter rela��es sexuais com 33 mulheres no in�cio do ano passado, durante algumas festas que eram promovidas em sua resid�ncia em Arcore. Uma das garotas, a marroquina Karima El-Mahroug, tinha menos de 18 anos na �poca.