(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Peru: Humala � criticado por receber "apoio do governo brasileiro"


postado em 05/04/2011 19:07 / atualizado em 05/04/2011 19:28

Cobra desliza sobre cartaz de Humala em ritual no Peru, nesta terça: apoio do Brasil é criticado(foto: AFP PHOTO / Geraldo CASO)
Cobra desliza sobre cartaz de Humala em ritual no Peru, nesta ter�a: apoio do Brasil � criticado (foto: AFP PHOTO / Geraldo CASO)

O esquerdista Ollanta Humala, favorito ao segundo turno na elei��o deste domingo no Peru, est� sendo criticado pelo apoio que estaria recebendo do governo brasileiro.

A acusa��o tem como base a assessoria de imagem a cargo de profissionais como Luis Favre, ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT) e Valdemar Garreta, considerados por seus detratores ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Lula (2003-2010) e da atual, Dilma Rousseff.

Humala admitiu a assessoria mas, segundo ele, isto nada tem a ver.

"Eles possuem uma pequena empresa, que est� trabalhando ao meu lado no comando da campanha", disse o candidato nesta ter�a-feira, rejeitando a hip�tese de que isso signifique uma intromiss�o externa.

"N�o h� nada disso, rejeito com veem�ncia, n�o aceitamos inger�ncia nem de governos nem de partidos, a assessoria n�o � do PT", insistiu.

Humala esclareceu tamb�m que os autores da estrat�gia que levou Lula � presid�ncia nas elei��es de 2002 n�o est�o presentes em sua campanha.

Lula e Ch�vez

A vincula��o com os assessores brasileiros surge logo depois de seus detratores ligarem sua imagem � do presidente venezuelano, Hugo Ch�vez - um dos fatores da derrota de Humala nas presidenciais de 2006.

A presen�a de assessores estrangeiros � comum no Peru. No come�o do ano esteve em Lima o venezuelano Juan Jos� Rend�n, especialista em imagem, para aconselhar o ex-prefeito da capital e candidato Luis Casta�eda, que vinha perdendo terreno entre o eleitorado.

A filha de Fujimori

A cinco dias do 1º turno da elei��o, a aspirante Keiko Fujimori (direita) enfrenta a recorda��o do golpe dado por seu pai, o ex-presidente Alberto Fujimori, no dia 5 de abril de 1992, fechando o Congresso e destituindo magistrados do Poder Judici�rio.

Canais de televis�o e jornais rememoram a data, assinalando o que foi o in�cio de uma etapa de obscurantismo no Peru. Fujimori governou entre 1990 e 2000.

A aspirante, que disputa o segundo lugar num eventual segundo turno com o centrista Toledo e o direitista Pedro Pablo Kuczynski, representa um "fujimorismo renovado", segundo Alejandro Aguinaga, m�dico pessoal do ex-presidente e l�der do fujimorismo.

"Keiko foi bem clara ao dizer que n�o haver� outro 5 de abril porque o fujimorismo evoluiu e d� mostras de estar para a par com a democracia".

Mas Kuczynski afirmou, em Cuzco, que ningu�m pode se esquecer do fechamento do Congresso.

"Lembrem-se do dia 5 de abril. � preciso defender a democracia, isso � importante", expressou Kuczynski.

A candidata disse h� alguns dias que seu pai "tinha mensagem forte e clara, necess�ria para derrotar o terrorismo e p�r de p� a economia do pa�s".

Grupos de direitos humanos realizaram numa pra�a central de Lima um dia de rep�dio ao golpe, denunciando crimes contra os direitos humanos praticados pelo governo Fujimori e a corrup��o generalizada que levou o regime ao descalabro, h� pouco mais de uma d�cada.

Resposta do Brasil

O embaixador do Brasil no Peru, Jorge d'Escragnolle Taunay Filho, afirmou nesta ter�a-feira em tom categ�rico que seu pa�s n�o interv�m nas elei��es peruanas, como denuncia a imprensa local - devido � assessoria dada por brasileiros ao candidato de esquerda, Ollanta Humala.

"O governo de Bras�lia e a embaixada n�o se intrometem" no pleito, declarou o diplomata a jornalistas, em Lima.

"Este � um princ�pio b�sico da pol�tica internacional brasileira, de nossa pol�tica externa, a n�o intromiss�o nos assuntos internos de outros Estados, principalmente em pa�ses t�o amigos como o Peru. N�o participamos, n�o nos metemos", declarou.

O embaixador explicou que � muito comum "especialistas em marketing pol�tico internacionais irem de um pa�s a outro contratados para fazer diversas campanhas; n�o � uma situa��o �nica".

Precisou que "a embaixada n�o tem conhecimento oficial disto. Nunca os vi, n�o h� nenhum des�gnio mal�fico da parte do governo (do Brasil) como alguns est�o dizendo na imprensa, n�o existe nada disso", insistiu.

"Estamos felizes de ver que o processo democr�tico caminha bem no Peru e fazemos votos para que o processo eleitoral seja um grande �xito, mas isso � tudo", finalizou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)