
O governo dos Estados Unidos rejeitou um apelo pessoal do l�der l�bio, Muamar Kadafi, ao presidente americano, Barack Obama, e repetiu a exig�ncia de que ele renuncie e deixe o pa�s para o ex�lio. “O senhor Kadafi sabe o que ele precisa fazer”, afirmou nesta quarta-feira a secret�ria de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, comentando a carta de tr�s p�ginas do l�der l�bio recebida por Obama.
Na correspond�ncia, Kadafi pediu a Obama que pare com a “guerra injusta”. Um porta-voz da Casa Branca tamb�m respondeu � carta de Kadafi, dizendo que a��es, e n�o palavras, s�o esperadas agora por parte do l�der l�bio.
Os Estados Unidos participam, ao lado de pa�ses como Fran�a e Gr�-Bretanha, da coaliz�o internacional liderada pela Otan que vem promovendo ataques a�reos contra as for�as de Kadafi para garantir a seguran�a dos civis l�bios.
Uma resolu��o aprovada pelo Conselho de Seguran�a da ONU no m�s passado estabeleceu uma zona de exclus�o a�rea na L�bia e autorizou a a��o militar para proteger os civis opositores dos ataques pelas for�as de Kadafi.
A L�bia vinha sendo palco de manifesta��es intensas contra o regime de Kadafi, inspirados pela onda de protestos pr�-democracia em pa�ses �rabes.
Oleoduto
Nesta quinta-feira, relatos n�o confirmados indicam que um bombardeio promovido pela coaliz�o internacional pode ter danificado um oleoduto.
Khaled Kaim, vice-ministro das Rela��es Exteriores de Kadafi, afirmou a jornalistas estrangeiros em Tr�poli que tr�s guardas teriam sido mortos e outros funcion�rios feridos durante um ataque a�reo promovido por ca�as brit�nicos no campo de petr�leo Sarir, na bacia de Sirte.
Por�m o campo de petr�leo estava sob controle das for�as rebeldes, que acusaram o governo de promover ataques na regi�o, for�ando a interrup��o da produ��o de petr�leo.
O Minist�rio da Defesa da Gr�-Bretanha n�o comentou as declara��es do governo l�bio, mas na tarde da quarta-feira havia afirmado que ca�as brit�nicos haviam atingido alvos no entorno de Sirte e Misrata, atacando ve�culos blindados e tanques.
Nosso filho
Na carta enviada ao presidente americano, Kadafi se referia a Obama como “nosso filho” - em uma aparente refer�ncia �s ra�zes africanas de Obama - e pediu aos Estados Unidos que pare “uma guerra injusta contra um pequeno povo de um pa�s em desenvolvimento”.
O l�der l�bio saudou ainda o fato de que os ca�as americanos j� n�o estarem participando dos ataques a�reos na L�bia e acusou os rebeldes de serem “militantes da Al-Qaeda”.
Segundo ele, sua na��o foi ferida “moralmente” mais do que “fisicamente”. Em Washington, Hillary Clinton afirmou que “n�o h� nenhum mist�rio sobre o que se espera do senhor Kadafi agora”. “� preciso haver um cessar-fogo e suas for�as devem se retirar das cidades que tomaram � for�a com grande viol�ncia e custo humano”, disse.
“� preciso haver uma decis�o sobre sua sa�da do poder e sua sa�da da L�bia”, afirmou. O ex-congressista americano Curt Weldon chegou nesta quinta-feira a Tr�poli a convite do governo l�bio, e disse que pedir� a Kadafi que deixe o poder.
A Casa Branca disse ter sido informada antecipadamente sobre a visita, mas afirmou que Weldon n�o foi ao pa�s como enviado oficial do governo americano.