
O Jap�o pode ampliar a zona de seguran�a no entorno da usina nuclear Daiichi, em Fukushima, conforme a crise prossegue, disse hoje o principal porta-voz do governo. O ministro Yukio Edano afirmou que a atual zona de isolamento de 20 quil�metros pode ser ampliada, j� que os par�metros originais para estabelec�-la foram avaliados em rela��o � exposi��o por um curto prazo. A emerg�ncia causada por um terremoto e um tsunami em 11 de mar�o se aproxima de sua quarta semana.
"As atuais ordens de retirada se aplicam a �reas onde a popula��o est� em risco de ter recebido 50 millisieverts (de radia��o). N�s estamos vendo o que fazer com outras �reas onde, com exposi��o prolongada, as pessoas podem ter recebido essa quantidade", disse Edano. Essa medida de 50 millisieverts de radia��o representa o limite anual de exposi��o � radia��o para um trabalhador de uma usina nuclear.
Na usina, equipes lutam para garantir que tr�s dos reatores voltem a operar em seguran�a. A propriet�ria da usina, Tokyo Electric Power (Tepco), informou que come�ou a injetar nitrog�nio no reator n�mero 1. O g�s inerte ter� a fun��o de reduzir o risco de uma explos�o envolvendo oxig�nio e hidrog�nio no reator, o que poderia causar a libera��o em larga escala de grandes n�veis de radioatividade.
Um funcion�rio da companhia disse que o processo de inje��o do g�s est� ocorrendo sem problemas. O processo come�ou � 1 hora (hor�rio local) desta quinta-feira e deve continuar por seis dias, segundo a fonte, para reduzir a press�o na estrutura que abriga o reator.
As equipes n�o conseguem chegar perto o suficiente do reator 1 para ver o que ocorre dentro dele, devido � radia��o. Mas, segundo um engenheiro que trabalha no �rg�o regulador do setor nuclear no Jap�o, os especialistas acreditam que as barras de combust�vel nesse reator se resfriaram e a press�o dentro do local diminuiu. No reator 2, Edano disse hoje que as barras de combust�vel est�o parcialmente expostas, mas est� sendo feito "todo o poss�vel" para se lidar com esse problema.
Buscas
Hoje, a pol�cia de T�quio come�ou a ajudar nas buscas de pessoas desaparecidas na zona de exclus�o no entorno da usina. Munidos com aparelhos para medir a radia��o e equipamentos de prote��o, cerca de 250 policiais de T�quio se uniram a 50 policiais locais nas buscas na �rea entre 10 e 20 quil�metros da usina, disse um porta-voz da pol�cia de Fukushima.
Mais de 2.400 pessoas que viviam na �rea est�o entre os mais de 15 mil desaparecidos desde 11 de mar�o. Outras 12.500 pessoas j� tiveram a morte confirmada na dupla cat�strofe do terremoto e do tsunami. N�o h� informa��es at� o momento sobre corpos encontrados na busca policial, que deve durar uma semana.
O �rg�o federal de seguran�a alimentar da R�ssia, Rosselkhoznadzor, anunciou hoje a proibi��o de importa��es de alimentos vindos do mar de 242 f�bricas de processamento situadas perto da usina Daiichi. Em comunicado, o �rg�o afirmou que a medida � resultado de uma an�lise de riscos de radia��o do entorno da usina.
"Outros pa�ses baniram importa��es de comidas do mar de todo o Jap�o", disse um porta-voz do Rosselkhoznadzor. "N�s n�o faremos isso. Apenas estamos preocupados com esses fornecedores que est�o nas �reas contaminadas", afirmou. A R�ssia importou em 2010 um total de 57 mil toneladas de alimentos pescados no mar e processados pelo Jap�o.