
Fontes m�dicas indicaram � AFP que, al�m das v�timas fatais, pelo menos 18 putras pessoas ficaram feridas na passeata, realizada na pral�a Tahrir, epicentro do movimento contra Mubarak. O minist�rio da Sa�de divulgou um balan�o oficial de um morto e 71 feridos, alguns atingidos por disparos, outros com problemas respirat�rios provocados pelo g�s lacrimog�neo e machucados por todo o corpo, resultado de violentas surras.
Na manh� deste s�bado, a pol�cia militar disparou rajadas de armas autom�ticas para o alto, em mais uma tentativa de dispersar o protesto, segundo testemunhas. Um �nibus militar e um caminh�o civil foram incendiados, e a poucos metros de dist�ncia havia um caminh�o do exc�rcito parcialmente queimado. A pol�cia militar cercou a pra�a com alambrados de arame farpado, enquanto o ch�o estava coberto das pedras atiradas pelos manifestantes.
A viol�ncia provocou o fechamento por tempo indeterminado do Museu Eg�pcio, situado ao lado da pra�a Tahrir, segundo o secret�rio de Estado para Antiguidades, Zahi Hawas. Testemunhas contam que o ex�rcito bateu nos manifestantes e usou muni��o real para dispers�-los.
"N�o usamos muni��o real", reagiu um oficial do ex�rcito, que pediu o anonimato e afirmou que uma investiga��o j� estava em curso para apurar o ocorrido. Na tarde deste s�bado, cerca de mil pessoas continuavam em vig�lia na pra�a Tahrir.
Na v�spera, dezenas de milhares de eg�pcios retornaram � emblem�tica pra�a para exigir que Hosni Mubarak, seus familiares e aliados sejam julgados por corrup��o e outros crimes. Al�m disso, criticaram abertamente o ex�rcito, que est� governando o pa�s.
Alguns manifestantes afirmam que pretendem permanecer na pra�a Tharir at� que o marechal Husein Tantaui, de 75 anos, que coordena o Conselho Supremo das For�as Armadas (CSFA, formado por cerca de 20 generais, que assumiu ap�s a queda de Mubarak) deixe o posto. "Eu vim � Tahrir porque estamos assistindo a uma contrarrevolu��o", denunciou o estudante Malik Asam, que participa do protesto.
"Esperava ver a outra face do ex�rcito. Se continuar assim, eles ver�o a outra face do povo", advertiu por sua vez Anas Mohamed, outro estudante. Apesar de estritamente proibidos pelo comando militar, sete oficiais do ex�rcito eg�pcio se manifestaram para apoiar os manifestantes e pedir uma limpeza nas for�as armadas.
Assim que assumiu, o ex�rcito prometeu devolver o poder aos civis no final do ano, depois da realiza��o de elei��es presidenciais e legislativas. Muitos eg�pcios temem que os c�rculos do regime de Mubarak se reciclem para perpetuar-se no poder.