
Um tremor de 7,1 de magnitude atingiu a prov�ncia de Fukushima nesta segunda-feira, um m�s ap�s um terremoto seguido de tsunami ter causado dezenas de milhares de mortos no pa�s. A Ag�ncia Meteorol�gica do Jap�o emitiu um alerta de tsunami de at� um metro.
A prov�ncia de Fukushima, no nordeste do pa�s, abriga a usina de mesmo nome que sofreu grande destrui��o e luta para evitar o vazamento de material radioativo. A empresa que controla a usina comunicou que n�o h� relatos de danos de estrutura causados pelo tremor desta segunda-feira.
O novo terremoto ocorreu �s 17h16m (hora local), poucas horas depois de o Jap�o marcar um m�s da trag�dia de 11 de mar�o com um minuto de sil�ncio. Sobreviventes da trag�dia que est�o alojados em abrigos improvisados marcaram o momento que o terremoto abalou o Jap�o, �s 14h46 do hor�rio local (2h46 de Bras�lia), com as cabe�as baixas e mantendo um sil�ncio de um minuto.
A trag�dia deixou mais de 13 mil mortos e 14,3 desaparecidos e outras 150 mil pessoas desabrigadas. O tremor tamb�m danificou sistemas de resfriamento da usina nuclear de Fukushima e obrigou funcion�rios da usina a tentar restaurar esses sistemas.
O primeiro-ministro Naoto Kan agradeceu a pessoas em todo o mundo por seu apoio. Em uma carta aberta enviada a sete jornais internacionais, o premi� japon�s afirmou que o apoio ofereceu esperan�a e despertou coragem em um momento de desespero.
''Atrav�s de nossos esfor�os e com a ajuda da comunidade global, o Jap�o ir� se recuperar e regressar� ainda mais forte. N�s iremos retribuir a sua generosa ajuda'', escreveu Kan. ''Com isso nos nossos cora��es, agora estamos juntos, dedicados � reconstru��o da na��o.''
Ind�stria pesqueira
Ao percorrer regi�es atingidas pelos desastres no domingo, Kan prometeu fazer todo o poss�vel para ajudar comunidades. Um m�s depois, vidas e paisagens ainda est�o em caos no nordeste do Jap�o. ''O governo depositar� todo o seu esfor�o para trabalhar com voc�s. N�s nunca o abandonaremos'', disse o premi� a sobreviventes na cidade de Ishinomaki.
O primeiro-ministro tamb�m procurou assegurar os sobreviventes de que a ind�stria pesqueira - da qual dependem muitos no severamente atingido litoral japon�s - ser� retomada assim que poss�vel.
O tsunami destruiu barcos e cais, interrompendo opera��es de pesca de grande porte. Os estragos sofridos pela usina nuclear de Fukushima Daiichi tamb�m atingiu a ind�stria pesqueira, j� que consumidores internacionais est�o evitando produtos japoneses temendo contamina��o.
Funcion�rios v�m injetando �gua sobre os tr�s reatores a fim de resfriar seus tubos de combust�veis porque os sistemas de resfriamento foram prejudicados durante o terremoto. Eles seguem injetando nitrog�nio no reator de n�mero 1 da usina, a fim de impedir uma nova explos�o causada pelo ac�mulo de hidrog�nio.
Eles tamb�m est�o lan�ando �gua com baixos n�veis de contamina��o no mar, para que a �gua altamente radioativa extra�da da �rea da usina possa ser transferida para uma �rea vedada pr�xima ao local em que ela se encontra.
O secret�rio-chefe do gabinete japon�s, Yukio Edano, disse que avan�os t�m sido feitos no sentido de manter a usina sob controle. ''A possibilidade de que a situa��o da usina nuclear se deteriore e possa provocar um grande vazamento de materiais radiativos est� diminuindo cada vez mais'', disse Edano em uma entrevista.
''Naturalmente, a usina n�o est� operando de forma normal. N�s seguimos pedindo �queles que moram nas imedia��es que sigam nos locais para onde foram evacuados, na eventualidade de a situa��o piorar.''
Mas nesta segunda-feira, Edano pediu que moradores de outras cinco comunidades em uma �rea situada a 30 quil�metros da usina nuclear deixem a �rea em no m�ximo um m�s.
O secret�rio-chefe do gabinete disse n�o se tratar de uma emerg�ncia, mas acrescentou que altos n�veis de radia��o foram detectados em algumas �reas e acrescentou que h� riscos de longo prazo caso para a sa�de, caso a crise com a usina se prolongue.