
A presidente Dilma Rousseff e os presidentes da China, Hu Jintao, da R�ssia, Dmitry Medvedev, e da �frica do Sul, Jacob Zuma, al�m do primeiro-ministro da �ndia, Manmohan Singh, criticaram nesta quinta-feira os ataques � L�bia. Os presidentes e o primeiro-ministro defenderam a busca pelo di�logo na tentativa de dirimir impasses e controv�rsias. A cr�tica foi refor�ada na Declara��o de Sanya, comunicado divulgado hoje, em nome dos representantes dos Brics.
Por�m, o comunicado evita condenar as a��es militares ordenadas pela Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) na L�bia. Avi�es da Otan atacam v�rias regi�es da L�bia justificando a necessidade de pressionar o presidente l�bio, Muammar Kadafi, a deixar o poder e suspender as a��es contra civis.
No comunicado, Dilma e os demais l�deres dos Brics informaram que v�o apoiar eventuais a��es, autorizadas pelo Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas, na L�bia. “[Os Brics] desejam continuar a coopera��o acerca da L�bia no Conselho de Seguran�a da ONU”, diz o comunicado.
Mas na declara��o conjunta, aprovada durante a terceira c�pula dos Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), que ocorre em Sanya, no Sul da China, na Ilha de Hainan, os l�deres ressaltam a import�ncia do di�logo. “Partilhamos o princ�pio que o uso da for�a deve ser evitado”, destacam. “Somos da opini�o que todas as partes devem resolver as suas diferen�as por meios pac�ficos e do di�logo no qual a ONU [Organiza��o das Na��es Unidas] e organiza��es regionais desempenhem o papel que considerem apropriado.”
Dos Brics, apenas a �frica do Sul votou favoravelmente � interven��o militar na L�bia, no Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas, que ocorreu m�s passado. O Brasil, a China e a R�ssia se abstiveram durante a vota��o. O assunto foi tema tamb�m da reuni�o de Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a visita dele ao Brasil, em mar�o.
Para Dilma, a interven��o militar na L�bia poderia levar ao agravamento da crise no pa�s acentuando a viol�ncia que deixa v�timas diariamente. Os conflitos foram gerados pela resist�ncia de Kadafi de deixar o poder, embora sofra press�es internas e da comunidade internacional para abrir m�o do governo.