
A Otan pediu nesta quinta-feira mais avi�es de combate para apoiar as a��es de Fran�a e Reino Unido nos bombardeios na L�bia e prometeu proteger os civis pelo tempo que for necess�rio em uma reuni�o em Berlim em que os aliados exigiram a sa�da de Muammar Kadafi.
"Para evitar v�timas civis, precisamos de equipamento muito sofisticado e, em especial, mais avi�es de combate, de alta precis�o para atacar alvos terrestres em solo l�bio", explicou o secret�rio-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, no encontro de chefes da diplomacia dos pa�ses-membros.
Embora tenha se mostrado confiante de que os aliados apoiar�o, Rasmussen admitiu que n�o conta at� o momento "com uma promessa" de contribui��o adicional � opera��o "Protetor Unificado" da Otan contra as for�as de Kadafi.
Press�o por a��o
Paris e Londres, que assumem grande parte dos bombardeios a alvos terrestres na L�bia, apoiados por apenas quatro pa�ses - B�lgica, Dinamarca, Noruega e Canad� -, pressionaram publicamente a Alian�a Atl�ntica para que aumente seus esfor�os militares e evite um estancamento do conflito.
Mas a Espanha, que desde o in�cio limita a sua participa��o na miss�o da Otan � aplica��o do embargo de armas e da zona de exclus�o a�rea na L�bia, rejeitou um envolvimento maior.
"� com isto que a Espanha contribui e este � o compromisso que a Espanha mant�m, com algumas capacidades determinadas e com uma interven��o determinada", declarou em Berlim a ministra espanhola das Rela��es Exteriores, Trinidad Jim�nez.
Outros tr�s pa�ses - It�lia, Pa�ses Baixos e Su�cia - tamb�m colocaram � disposi��o da Otan v�rios avi�es, mas sem autoriz�-los a atacar alvos terrestres.
Sem objetivo
Quase um m�s depois de a coaliz�o internacional ter decidido intervir na L�bia para proteger os civis das for�as de Kadafi e evitar a derrota dos rebeldes, a sa�da para o conflito continua sendo incerta.
No momento, Rasmussen prometeu que a Otan manter� "a press�o pelo tempo que for necess�rio" para proteger os civis. Menos da metade dos 28 pa�ses membros da Otan participam militarmente da opera��o na L�bia.
Os Estados Unidos decidiram no in�cio do m�s passar para um segundo plano e entregar o comando das opera��es lideradas pela Otan para evitar abrir uma nova frente de batalha no exterior, depois de Iraque e Afeganist�o.
Sua secret�ria de Estado, Hillary Clinton, assegurou em Berlim que seu pa�s "apoiar� com firmeza" a opera��o "Protetor Unificado" at� conseguir a ren�ncia de Kadafi.
Kadafi deve sair
Pela primeira vez, os membros da Otan, que se reuniram com os outros participantes da campanha na L�bia, exigiram conjuntamente que Kadafi deixe o poder, ao aprovarem a declara��o adotada na v�spera pelo chamado Grupo de Contato sobre a L�bia, que re�ne os pa�ses ocidentais e �rabes envolvidos na campanha contra o regime.
"Apoiamos os resultados da reuni�o do Grupo de Contato em Doha e o seu apelo para que Gaddafi deixe o poder", indicaram os ministros das Rela��es Exteriores em uma declara��o conjunta.
O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma solu��o "pol�tica" e um "cessar-fogo imediato", durante uma reuni�o internacional na sede da Liga �rabe, no Cairo.
Mas, por enquanto, a comunidade internacional ainda n�o tem um mapa do caminho que possa solucionar o conflito.
Dinheiro para os rebeldes
O Grupo de Contato para a L�bia decidiu na quarta-feira criar um mecanismo de ajuda financeira para as for�as rebeldes, mas n�o chegou a um consenso sobre a necessidade de tamb�m fornecer armas para apoiar sua luta.
A campanha dos aliados criou nesta quinta-feira uma nova divis�o na comunidade internacional, quando a R�ssia assegurou que a resolu��o da ONU que autorizou em 17 de mar�o a interven��o militar na L�bia n�o permite bombardeios, algo que foi negado pela Fran�a.
O encontro de chefes da diplomacia da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), que se ser� realizada at� sexta-feira, coincidiu com um violento confronto entre as for�as de Kadafi e os rebeldes em Ajdabiya (leste) ao mesmo tempo em que, em Tr�poli, foi ouvida uma forte explos�o pr�ximo � resid�ncia do coronel.