
A f�mea, que viveu h� cerca de 165 milh�es de anos, faz parte do g�nero Nephila, cujos esp�cimes s�o conhecidos pelas teias fortes e de tom dourado que produzem. Estas aranhas s�o encontradas em regi�es tropicais e subtropicais.
Segundo a revista cient�fica Biology Letters, onde foi publicada o estudo, o f�ssil foi encontrado na regi�o da Mong�lia Interior. Os pesquisadores batizaram o animal de Nephila jurassica.
O professor de Paleontologia da Universidade do Kansas (Estados Unidos) Paul Selden, que participou do estudo, disse � BBC que o corpo da Nephila jurassica n�o � o maior, mas ao considerar as suas patas, ela se torna a aranha fossilizada de maior tamanho j� encontrada.
At� ent�o, o f�ssil mais antigo do g�nero Nephila tinha 35 milh�es de anos. A nova descoberta faz com que a exist�ncia deste g�nero seja revista para o Per�odo Jur�ssico, o que torna a aranha a mais antiga Nephila j� registrada.
� imposs�vel determinar com certeza como morreu este aracn�deo fossilizado. A possibilidade mais forte seria um desastre natural.
A aranha foi encapsulada em cinza vulc�nica no fundo do que teria sido um lago. A cinza teria, segundo o estudo, arrancado o animal de sua teia e o encoberto. Os detalhes preservados no f�ssil impressionam os cientistas. "Voc� v� n�o somente os pelos das patas, mas pequenas coisas, como a trichobothria (pequenas estruturas em formato de pelo que servem para detectar vibra��es do ar)", afirma Selden.
Dimorfismo
As f�meas de Nephila existentes hoje em dia tecem algumas das maiores teias conhecidas, chegando a 1,5 metro de di�metro. A sua grandeza contrasta totalmente com os machos deste g�nero, que, de t�o pequenos, fazem as f�meas parecerem gigantes.
Esta disparidade de tamanho � um exemplo do que os bi�logos chamam de dimorfismo sexual extremo.
Selden e seus colegas tamb�m querem descobrir se esta tamb�m � uma caracter�stica dos antigos esp�cimes de Nephila. Segundo o professor, o esp�cime mais antigo at� ent�o era um macho do Per�odo Cret�ceo, encontrado na Espanha. Ele afirma que este animal tinha tamanho normal, considerando que as f�meas atuais s�o gigantes. "Parece que n�s t�nhamos este diformismo neste per�odo t�o antigo. Gostar�amos de encontrar um macho para confirmar isto. Todas as evid�ncias sugerem que os machos tinham tamanho normal, mas ainda n�o localizamos nenhum."