Venezuela deixar� formalmente a Comunidade Andina das Na��es (CAN) nesta sexta-feira, sem um marco definido sob o qual sejam regidas suas rela��es comerciais com alguns dos pa�ses vizinhos, uma situa��o que muitos consideram um "golpe mortal" ao bloco econ�mico dos Andes. O governo da Venezuela anunciou sua sa�da do bloco em abril de 2006, mas os direitos e obriga��es que a Venezuela manteve com seus quatro s�cios por 38 anos terminam formalmente amanh�.
Embora a Venezuela tenha concordado em prorrogar por tr�s meses as regras vigentes na CAN com o Peru e a Col�mbia, enquanto � definido um acordo de "complementa��o econ�mica", empres�rios consultados pela Associated Press indicaram que desconhecem como ir�o trabalhar a partir da pr�xima semana.
No caso da Bol�via e do Equador, o governo venezuelano subscreveu um "protocolo de acordo" para regulamentar o com�rcio com os dois pa�ses, cujos termos n�o s�o conhecidos. O com�rcio entre a Venezuela e os outros quatro pa�ses do bloco, que em 2006 foi de US$ 6,1 bilh�es, mais que dobrou para US$ 12,4 bilh�es em 2008. Mas, por causa da crise financeira mundial, caiu para US$ 4,5 bilh�es em 2010.
Para o professor Carlos Romero, que ensina ci�ncias pol�ticas na Universidade Central da Venezuela, a sa�da do pa�s do bloco regional "� um golpe mortal para a Comunidade Andina, uma vez que a Col�mbia e a Venezuela, juntas, formavam mais de 50% das transa��es comerciais" do bloco.
Romero afirma que a sa�da da Venezuela do bloco, formado em 1969 � natural, vista "de um ponto de vista ideol�gico", uma vez que interessa muito mais ao presidente venezuelano Hugo Ch�vez refor�ar a Alian�a Bolivariana para os Povos da nossa Am�rica (ALBA), organiza��o que o mandat�rio criou na d�cada passada e que hoje � integrada por Venezuela, Cuba, Nicar�gua, Dominica, Ant�gua e Barbuda, S�o Vicente e Granadinas.