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Estado de Minas

Relembre a trajet�ria de Jo�o Paulo II � frente da Igreja Cat�lica


postado em 30/04/2011 10:26

O Papa Jo�o Paulo II (1920-2005) foi um l�der religioso muito reverenciado como um dos respons�veis pela ru�na do comunismo no Leste Europeu, mas h� quem afirme que tenha afastado muitos cat�licos, com uma vis�o social conservadora.

Primeiro Papa n�o italiano em mais de 400 anos, e primeiro do Leste Europeu, o polon�s Karol Wojtyla era muito popular, evitando a pompa que cercou seus antecessores e buscando contato com pessoas comuns.

Ele ser� agraciado no domingo em uma cerim�nia solene de beatifica��o na Bas�lica de S�o Pedro que dar� ao pont�fice a posi��o de "aben�oado" para os mais de 1,1 bilh�o de cat�licos em todo o mundo e vai coloc�-lo no caminho da santifica��o.

Suas viagens o levaram a 129 pa�ses, onde defendeu a paz, denunciou o desrespeito aos direitos humanos e lamentou a decad�ncia do mundo moderno.

Ele deixou um de seus atos mais memor�veis para o ocaso de seu pontificado - uma tentativa de purificar a alma da Igreja Cat�lica Romana com um pedido de desculpas para varrer os pecados e erros cometidos durante seus 2.000 anos de exist�ncia, evocando implicitamente as Cruzadas, a Inquisi��o e o Holocausto.

Jo�o Paulo II nasceu em uma pequena cidade perto da Crac�via, no sul da Pol�nia, em 18 de maio de 1920. Sua m�e morreu quando ele tinha oito anos e seu pai o criou, dando aulas de alem�o e ensinando o filho a jogar futebol.

Ele estudou na Universidade Jaguel�nica, na Crac�via, onde ficou fascinado por teatro e escreveu algumas pe�as. Jo�o Paulo nunca foi membro da resist�ncia polonesa, mas a experi�ncia da guerra levou-o a optar pela vida religiosa.

Ele se tornou p�roco e ascendeu rapidamente na hierarquia da Igreja, chegando a cardeal. Quando foi eleito Papa, em outubro de 1978, Jo�o Paulo tinha 58 anos; era um homem de porte atl�tico que n�o estava entre os maiores nomes da vasta burocracia da Santa S�.

Sua primeira visita ao exterior foi a sua Pol�nia, inaugurando uma era de viagens pelo mundo que durou 27 anos com sua marca registrada de se ajoelhar para beijar o ch�o na chegada a cada novo destino.

Apesar das advert�ncias dos sovi�ticos, as autoridades comunistas n�o foram capazes de impedir a visita do Papa em 1979, quando apareceu diante de mais de um milh�o de pessoas que clamavam respeito aos direitos humanos.

O valor simb�lico da visita foi imenso, revigorando o movimento anticomunista e levando ao nascimento do sindicato Solidariedade, um movimento de trabalhadores de oposi��o, dentro da Cortina de Ferro que se estendia na Europa Central e no Leste Europeu.

Com sua imensa popularidade, o Papa afastou muitos cat�licos por meio de seus ensinamentos morais - principalmente relacionados aos valores familiares, ao sexo fora do casamento, � homossexualidade, ao controle de natalidade, � eutan�sia e ao aborto.

Reformistas, congrega��es jovens e do Terceiro Mundo, que enfrentava a propaga��o devastadora da Aids, ficaram cada vez mais desapontados com sua recusa em ceder na quest�o dos m�todos contraceptivos.

Afetada pelo esc�ndalo de padres ped�filos, o Papa, a pedido dos bispos americanos, aprovou novas medidas para punir padres que cometessem abusos sexuais.

Em 1981, ele esteve perto da morte quando o extremista turco Mehmet Ali Agca tentou mat�-lo, com um tiro � queima-roupa na Pra�a S�o Pedro. Uma bala entrou em seu abd�men e outra quase acertou seu cora��o.

Os motivos por tr�s da tentativa de assassinato nunca ficaram claros: teorias da conspira��o incluindo o servi�o secreto b�lgaro sob as ordens da KGB e uma tentativa de radicais isl�micos de matar o mais proeminente l�der crist�o foram citadas.

O Papa disse que a Virgem Maria salvou sua vida e inseriu uma das balas em uma coroa cravejada de diamantes da Virgem de F�tima, em Portugal. Ele se reuniu com cada grande l�der de Estado ou Governo.

Os Estados Unidos, a Uni�o Sovi�tica e, depois, a R�ssia, os pa�ses do antigo bloco sovi�tico, o M�xico, Israel, a Jord�nia e a Organiza��o pela Liberta��o da Palestina estabeleceram rela��es diplom�ticas com o Vaticano durante o seu pontificado.

Jo�o Paulo foi o primeiro Papa a rezar em uma sinagoga, em Roma; o primeiro a entrar em uma mesquita em um pa�s isl�mico, em Damasco, S�ria; e o primeiro a presidir um encontro de l�deres das maiores religi�es mundiais, em 1986.

Jo�o Paulo II sofreu com v�rios problemas de sa�de nos anos 1990, incluindo uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno intestinal, um ombro fraturado, uma fratura no f�mur e o Mal de Parkinson, que o deixou muito debilitado. Karol Wojtyla morreu aos 84 anos, em 2 de abril de 2005.


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