
O ex�rcito s�rio tomou, neste s�bado, o controle de uma mesquita que havia se tornado foco de protestos na cidade de Deraa, segundo relatos de moradores da cidade.
Ativistas dizem que as for�as de seguran�a teriam matado pelo menos seis pessoas durante � a��o na mesquita.
De acordo com testemunhas, soldados escoltados por tanques tomaram a mesquita Omari e teriam posicionado atiradores no telhado do edif�cio.
Na �ltima sexta-feira, cerca de 60 pessoas foram mortas a tiros durante manifesta��es anti-governo pelo mais. Pelo menos metade dos atingidos estavam em Deraa, o principal palco dos protestos.
Oficiais do governo dizem que o n�mero de mortos � muito menor, e incluiria quatro soldados.
O governo s�rio pediu que as fam�lias fizessem funerais pequenos, para que n�o se criassem mais tumultos.
A televis�o estatal s�ria disse que as forces de seguran�a foram atacadas por “terroristas armados” em Deraa e Homs, a terceira maior cidade do pa�s.
Investiga��o
Jornalistas estrangeiros est�o proibidos de entrar no pa�s, e a situa��o exata dos conflitos permanece desconhecida.
Neste s�bado, testemunhas dizem ter visto refor�os militares chegando a Deraa, incluindo tanques e cargueiros com soldados armados.
Um morador disse � BBC que havia soldados pr�ximos � mesquita Omari, edif�cio hist�rico da cidade. Segundo o morador, era poss�vel ver corpos na rua.
Os confrontos entre manifestantes anti-governo e for�as se seguran�a na s�ria continuam mesmo ap�s que o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolu��o que condena a viol�ncia e instaura uma investiga��o sobre abusos no pa�s.
Na reuni�o, que aconteceu na �ltima sexta-feira, ficou determinado que o conselho pedir� ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU o envio, “com urg�ncia”, de uma miss�o � S�ria para apurar as supostas viola��es, que podem configurar crime contra a humanidade.
Na �ltima sexta-feira, o governo americano tamb�m anunciou a aprova��o de novas san��es ao governo s�rio por causa da viol�ncia contra os ativistas.
Na manh� desde s�bado, o secret�rio de Rela��es Exteriores brit�nico William Hague comemorou a resolu��o da ONU e disse estar “extremamente preocupado com a viol�ncia e a repress�o na S�ria”.
O governo s�rio falhou repetidamente em atender os pedidos de conten��o da comunidade internacional. � vital responder com reformas, e n�o com repress�o.”
Cerco militar
O correspondente da BBC em Beirute, Jim Muir, disse que p�ginas de internet que ap�iam o levante na S�ria disseram que as mortes s� aumentar�o a vontade dos manifestantes de completar a miss�o dos que ca�ram.
Nos sites, os ativistas pedem uma “semana de quebra do cerco” – em refer�ncia � situa��o de Deraa, que est� cercada desde segunda-feira por tropas e tanques e sofre com a falta d'�gua, energia e servi�os de telecomunica��o.
Para isso, planejam protestos em diferentes partes do pa�s todos os dias, culminando em um protesto nacional no fim da pr�xima semana.
Na internet, os manifestantes disseram que � dif�cil saber o que est� acontecendo exatamente em Deraa, porque n�o � permitido que os residentes v�o para longe de suas casas.
Relatos n�o confirmados dizem que alguns soldados desertaram e estavam se refugiando com os locais, depois de se recusarem a disparar contra manifestantes em Deraa.
Tamb�m neste s�bado, 138 membros do partido Baath, do presidente Bashar al-Assad renunciaram na regi�o de Hawran, na regi�o sul, onde fica Deraa. Eles abriram m�o de seus cargos em protestos contra a a��o militar na cidade.
Dias antes, outros 200 membros do partido no governo de Deraa renunciaram.
No entanto, manifesta��es em apoio ao presidente Bashar al-Assad tamb�m aconteceram em Damasco, neste s�bado. H� dez dias, Assad assinou a revoga��o do estado de emerg�ncia que vigorava no pa�s h� 48 anos.
De acordo com o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos, sediado na Gr�-Bretanha, pelo menos 539 pessoas foram mortas desde o in�cio dos protestos contra o governo de Assad, em 15 de mar�o.
O governo culpa extremistas pelo conflito, e diz que quase 80 oficiais das for�as de seguran�a foram mortos.