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Estado de Minas

Depois de matar Bin Laden, EUA pressionam aliado Paquist�o


postado em 03/05/2011 09:05

Os Estados Unidos j� avisaram: v�o explicar como Osama Bin Laden, l�der da rede terrorista Al-Qaeda, conseguia viver sem ser incomodado em uma mans�o de luxo no Paquist�o, � medida que os detalhes da opera��o americana que o matou v�m � tona, tornando cada vez mais embara�osa a situa��o de Islamabad.

Segundo as autoridades americanas, exames de DNA confirmaram, de maneira definitiva, que o homem assassinado pelo comando de elite da Marinha em Abbottabad era de fato Osama Bin Laden.

"N�s o pegamos", disse Obama a seus principais chefes militares, que se reuniram com ele no domingo na Casa Branca para acompanhar ao vivo a dram�tica opera��o no Paquist�o, de acordo com a imprensa americana.

O clima de tens�o na Sala de Situa��o s� foi quebrado quando o diretor da CIA, Leon Panetta, indicou atrav�s de um c�digo o sucesso de seus homens: "Geronimo" - Bin Laden, para os servi�os secretos - "EKIA" - era um "inimigo morto em a��o" ("enemy killed in action) naquele momento.

O mundo, agora, tenta compreender de que maneira o homem que ordenou os ataques de 11 de setembro, que mataram cerca de 3.000 pessoas - o terrorista mais procurado da hist�ria - passou da vida n�made de combatente refugiado na �rida regi�o montanhosa na fronteira entre o Afeganist�o e o Paquist�o para residente de uma luxuosa vila, cercada de medidas de seguran�a, a poucos quil�metros da capital paquistanesa.

John Brennan, principal assessor do presidente para assuntos de combate ao terrorismo, disse ser "inconceb�vel" a ideia de que Bin Laden vivesse em Abbottabad sem uma rede de apoio no Paquist�o, aliado crucial dos Estados Unidos na "luta contra o terror" lan�ada em 2001 pelo ent�o presidente George W. Bush.

Passada a euforia da noite de domingo, onde comemora��es populares tomaram as ruas de Nova York e Washington, um sentimento de revolta passou a dominar o discurso de alguns parlamentares americanos, que exigem explica��es das autoridades em Islamabad: como � poss�vel que Bin Laden vivesse confortavelmente instalado bem debaixo de seus narizes? Em um pa�s que recebe bilh�es de d�lares em ajuda dos Estados Unidos anualmente?

A buc�lica Abbottabad abriga o equivalente paquistan�s das academias militares de West Point (EUA) e Sandhurst (Reino Unido), e � popular tanto entre militares aposentados quanto entre turistas, situada a apenas duas horas de carro de Islamabad.

A opera��o do comando de elite SEAL, da Marinha americana, que teria durado menos de 40 minutos, tinha como alvo um complexo altamente fortificado, avaliado em um milh�o de d�lares, que se destacava claramente na paisagem pelos altos muros com vigias e pelo forte esquema de seguran�a que o cercava.

No Afeganist�o e na �ndia, l�deres do governo alegam que a descoberta de Bin Laden t�o perto de Islamabad comprova suas acusa��es de que o Ex�rcito e o servi�o secreto paquistaneses mantinham uma rela��o dupla com os Estados Unidos.

Em um artigo publicado nesta ter�a-feira no jornal Washington Post, o presidente paquistan�s Asif Ali Zardari defendeu seu pa�s das acusa��es de leni�ncia em rela��o a Bin Laden, mas manteve o sil�ncio sobre eventuais falhas do servi�o de intelig�ncia.

"Apesar dos eventos de domingo n�o terem sido uma opera��o conjunta, uma d�cada de coopera��o e parceria entre os Estados Unidos e o Paquist�o levou � elimina��o de Osama Bin Laden, uma amea�a permanente ao mundo civilizado", escreveu Zardari, sem explicar como o l�der da Al-Qaeda conseguira se fixar em seu territ�rio de maneira t�o escancarada.

"Ele n�o estava em um lugar onde indicara que poderia estar, mas agora ele est� morto", acrescentou.

John Brennan destacou que o Paquist�o n�o foi informado em nenhum momento sobre a opera��o americana para capturar Bin Laden. As autoridades paquistanesas foram notificadas apenas quando os helic�pteros militares dos Estados Unidos j� deixavam o espa�o a�reo do pa�s com o corpo do l�der terrorista a bordo.


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