
O reator da usina nuclear de Bushehr, a primeira do Ir�, come�ou a operar no "n�vel m�nimo control�vel de energia", informou nesta ter�a-feira a companhia russa que construiu a instala��o.
Um porta-voz da empresa Atomstroyexport, que pertence � ag�ncia estatal nuclear russa Rosatom, afirmou que, neste domingo, a unidade geradora de energia do reator de Bushehr atingiu um dos �ltimos est�gios no seu "lan�amento f�sico".
Alguns pa�ses - incluindo Israel - expressaram temores de que a usina possa levar o Ir� a desenvolver armas nucleares.
Em fevereiro, a Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA), ligada � ONU, afirmou que tinha novas informa��es sobre as "poss�veis dimens�es militares" do programa nuclear iraniano.
Teer� afirma que seus objetivos em obter energia at�mica s�o puramente pac�ficos.
Nessa segunda-feira, um integrante da comiss�o parlamentar iraniana que monitora Bushehr afirmou que "testes finais" estavam sendo conduzidos na usina.
Nesta ter�a, a Atomstroyexport afirmou que obteve uma "rea��o em cadeia autossustent�vel" na "zona ativa" do primeiro reator da usina, o que significa o in�cio da rea��o nuclear no local.
A ag�ncia de not�cias iraniana Fars disse que a usina come�ar� a fornecer energia dentro de dois meses.
Adiamentos
O projeto de Bushehr foi iniciado nos anos 1970, mas foi marcado por adiamentos. A constru��o foi abandonada depois da revolu��o isl�mica que derrubou o x� em 1979, sendo retomada nos anos 1990, quando Moscou e Teer� firmaram um acordo bilion�rio para completar a obra.
Em fevereiro passado, o Ir� removeu combust�vel nuclear do reator por "motivos t�cnicos", em meio a especula��es de que um v�rus de computador teria sido respons�vel pela remo��o.
Os Estados Unidos e outros pa�ses ocidentais pediram � R�ssia que abandonasse o projeto, alertando que ele poderia ajudar o Ir� a obter a bomba at�mica.
No entanto, um acordo obrigando Teer� a repatriar combust�vel nuclear usado para a R�ssia aliviou as preocupa��es.
Em fevereiro, um relat�rio da AIEA obtido pela BBC e tornado p�blico pelo Instituto para Ci�ncia e Seguran�a Internacional (Isis, sigla em ingl�s) afirmava que os iranianos n�o estavam cumprindo com v�rias de suas obriga��es.
Isto inclu�a "esclarecer os assuntos importantes restantes que levantaram preocupa��es sobre poss�veis dimens�es militares para o seu programa nuclear".
Resposta iraniana
O representante iraniano nas negocia��es sobre o programa nuclear, Saeed Jalili, afirmou que os pr�ximos di�logos com as pot�ncias ocidentais devem ser "justos" e "evitando recorrer a instrumentos de press�o", segundo informa a ag�ncia Reuters.
A declara��o ocorreu em resposta a uma carta enviada tr�s meses atr�s pela chanceler da Uni�o Europeia, Catherine Ashton.
Analistas citados pela Reuters afirmam que, com isto, Teer� indica que n�o aceitar� discutir o enriquecimento de ur�nio. Negocia��es mantidas em Istambul (Turquia) em janeiro fracassaram depois que o Ir� se negou a suspender o enriquecimento.
Seis pot�ncias est�o negociando com o Ir� sobre seu programa nuclear. O pa�s j� sofreu san��es do Conselho de Seguran�a da ONU devido � sua recusa em parar de enriquecer ur�nio - o que pode ser usado para fins pac�ficos ou para fabricar armas.