postado em 23/05/2011 19:01 / atualizado em 23/05/2011 19:23
Rebelde l�bio ergue arma em Misrata nesta segunda-feira (foto: REUTERS/Zohra Bensemra )
O ditador Muammar Kadafi deve abandonar o poder e deixar a L�bia, afirmou o Departamento de Estado americano em um comunicado divulgado por ocasi�o da visita a Benghazi de um de seus principais funcion�rios.
"Os Estados Unidos est�o determinados a proteger os civis l�bios e pensam que Kadafi deve abandonar o poder na L�bia", afirmou o Departamento de Estado dos EUA no comunicado.
O subsecret�rio de Estado para o Oriente M�dio, Jeffrey Feltman, chegou a Benghazi na noite de domingo. Nesta segunda-feira, ele se reuniu com autoridades da rebeli�o, incluindo o l�der Mustafah Abdeljalil, anunciou o porta-voz da representa��o americana em Benghazi, Nathaniel Tek.
A sa�da do ditador l�bio representaria um �xito diplom�tico do Conselho Nacional de Transi��o (CNT), que representa a rebeli�o.
A Fran�a disse nesta segunda-feira que enviar� helic�pteros de combate � L�bia para realizar ataques "mais precisos" nas opera��es da coaliz�o internacional.
A visita surpresa de Jeffrey Feltman concidiu com a inaugura��o de uma delega��o diplom�tica da Uni�o Europeia e de Benghazi, que � o centro da rebeli�o l�bia.
Os Estados Unidos "continuam comprometidos a proteger a popula��o l�bia e avaliam que Kadafi deve deixar o poder e o pa�s", disse o Departamento de Estado dos EUA no texto que anuncia a visita de Feltman, o funcion�rio de maior n�vel hier�rquico do governo americano que j� visitou Benghazi desde o in�cio da rebeli�o.
A visita de Feltman constitui mais um sinal do apoio americano ao CNT, que, segundo o governo dos EUA, � um interlocutor "confi�vel e leg�timo", destacou o comunicado do Departamento de Estado.
"Feltamn teve uma s�rie de encontros com membros da CNT, entre eles o presidente Mustaf� Abdejalil, disse � AFP um porta-voz americano em Benghazi.
Os Estados Unidos s�o a ponta de lan�a da coaliz�o militar - com Fran�a e Reino Unido - que interv�m na L�bia desde 19 de mar�o passado, em sintonia com a resolu��o 1973 do Conselho de Seguran�a da ONU para proteger aos civis l�bios da repress�o do regime de Kadafi.
Na segunda-feira, a Uni�o Europeia estendeu a um membro do governo de Kadafi e a uma companhia a�rea l�bia as san��es adotadas contra os outros membros do regime, que consistem em congelamento de bens e na nega��o de vistos.
Al�m disso, a UE deu um passo a mais no reconhecimento diplom�tico da CNT ao elevar-lhe ao cargo de "interlocutor pol�tico chave que representa as aspira��es do povo l�bio.
Os �xitos dilpom�ticos da CNT coincidem com a viagem de um de seus emiss�rios, Abdel Rahman Shalgam, a Moscou, onde ele se encontrou com o ministro russo de Rela��es Exteriores, Serguei Lavrov. "Kadafi tem que renunciar", declarou esse emiss�rio ap�s o encontro.
Na L�bia, a Otan indicou que havia efetuado 50 bombardeios no domingo, apontando sobre todos os centros de comando pr�ximos a Tr�poli e Brega e a um dep�sito de muni��es em Sirte.
Al�m disso, o chanceler franc�s, Alain Jupp�, disse na segunda-feira em Bruxelas que Fran�a enviar� helic�pteros de combate � L�bia, os quais "se adaptar�o melhor � capacidade de ataque � terra, com meios de a��o mais precisos".
Os rebeldes, por sua vez, anunciaram que haviam avan�ado 20km � oeste de Ajdabiya e que suas for�as se encontram a 40km de Brega.
"Devemos ir a Brega em alguns dias", disse � AFP um porta-voz militar da rebeli�o, Ahmed Omar Bani.
Nas montanhas de Djebel Nefusa, pr�ximo � fronteira com T�nez, a "situa��o � terr�vel", disse Bani. "N�o h� �gua nem alimentos. N�o podemos ajud�-los e isso dura 47 anos", completou.
O Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICR) solitou mais 38 milh�es de euros para poder financiar suas opera��es na L�bia, onde as "perspectivas s�o desatrosas".