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Estado de Minas

Brasil � modelo de luta contra Aids para Am�rica Latina e mundo em desenvolvimento


postado em 31/05/2011 16:48

O então presidente Lula recebe prêmio da UNAIDS em dezembro de 2010(foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
O ent�o presidente Lula recebe pr�mio da UNAIDS em dezembro de 2010 (foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
Com um programa precoce de distribui��o gratuita de medicamentos e o enfrentamento frontal das poderosas companhias farmac�uticas multinacionais, o Brasil se tornou o grande modelo de luta contra a Aids na Am�rica Latina e no mundo em desenvolvimento, nos 30 anos de descoberta da doen�a. "Quando nenhum pa�s havia tomado esta decis�o, o Brasil se tornou, em 1996, o primeiro pa�s em desenvolvimento a oferecer a terapia p�blica e para todas as pessoas" infectadas, disse � AFP o coordenador no Brasil do programa OnuAids, Pedro Chequer. "A expectativa de vida antes da introdu��o da terapia era de 5,8 meses; com a terapia, passou a 58 meses e hoje temos muitas pessoas que est�o h� mais de 20 anos convivendo com o HIV", disse � AFP Eduardo Barbosa, diretor adjunto do programa brasileiro contra a Aids, que acaba de completar 25 anos. O Brasil assumiu um papel preponderante no enfrentamento dos laborat�rios internacionais para baratear os pre�os dos medicamentos antiAids nos pa�ses em desenvolvimento. "Entre o nosso com�rcio e a nossa sa�de, n�s cuidaremos da nossa sa�de", afirmou em 2007 o ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ao confirmar a primeira quebra de patente brasileira do rem�dio antiAids Efavirenz, do laborat�rio Merk. Esta batalha come�ou em 2001, quando o ent�o ministro da Sa�de, o social-democrata Jos� Serra, amea�ou quebrar as patentes dos laborat�rios. Ap�s um embate com os Estados Unidos, que amea�aram levar o Brasil � Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o gigante latino-americano conseguiu uma substancial redu��o de pre�os. O Brasil produz hoje 10 dos 20 medicamentos de tratamento antiAids, que tamb�m distribui a pa�ses da �frica e da Am�rica Latina, como Bol�via, Paraguai, Nicar�gua e Equador. Em 2008, montou uma f�brica de antirretrovirais em Mo�ambique. "O modelo brasileiro virou refer�ncia porque muito precocemente adotou uma a��o integrada de preven��o e tratamento, sem se deixar influenciar pela Igreja ou pela norma moral", disse o coordenador da OnuAids. Pa�s com mais cat�licos no mundo, o Brasil distribui gratuitamente meio milh�o de preservativos ao ano. Sua famosa campanha, "Sem camisinha n�o tem carnaval", completou 13 anos. Estima-se que 630.000 pessoas vivam com HIV no Brasil e 210.000 recebem tratamento do Estado. Estima-se que mais de 250.000 n�o tenham sido diagnosticadas porque nunca se submeteram a um teste, um enorme desafio para o Pa�s. Na regi�o, v�rios pa�ses fizeram avan�os cedo na luta contra a Aids, como Uruguai, Argentina, Costa Rica e Cuba, e a Am�rica Latina conseguiu, de longe, evitar que a epidemia chegasse aos n�veis catastr�ficos da �frica. No entanto, em alguns pa�ses, como em boa parte da Am�rica Central, "a luta atrasou muito" devido � preval�ncia do conservadorismo e � forte domina��o da Igreja, explicou Chequer. A Am�rica Latina tem hoje 1,6 milh�o de soropositivos e 800.000 deles n�o t�m acesso a tratamentos m�dicos, segundo dados da OnuAids. "A Am�rica Latina promoveu o acesso universal � preven��o, ao tratamento e � aten��o, mas ainda h� obst�culos para alcan�ar as metas estabelecidas", afirmou o diretor regional da OnuAids, C�sar Antonio N��ez. Atualmente, 33,3 milh�es de pessoas vivem com HIV no mundo, das quais 22,5 milh�es est�o na �frica subsaariana, segundo o programa da ONU. As organiza��es Act Up e Aides estimam que 70% dos doentes do planeta n�o tenham acesso aos medicamentos antirretrovirais. Mais de 60 milh�es de pessoas foram contaminadas pelo v�rus da Aids, desde a sua descoberta h� trinta anos, em 5 de junho de 1981.


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