Os presidentes da Venezuela, Hugo Chavez, e do Equador, Rafael Correa, encontraram-se nesta ter�a-feira com o objetivo de dar novo impulso a sua alian�a estrat�gica em favor da "revolu��o socialista". Os dois aproveitaram a ocasi�o para comemorar a vit�ria do esquerdista Ollanta Humala, presidente eleito do Peru.
Os l�deres formalizaram, em encontro na cidade equatoriana de Salinas (a cerca de 550 km da capital Quito), 11 acordos de coopera��o nas �reas de ci�ncia e tecnologia, ind�stria, turismo, assist�ncia social, sa�de e habita��o, que se somam a centenas de outros firmados nos �ltimos quatro anos.
Chavez e Correa se reuniram pela nona vez desde 2007. O encontro ocorreu dias ap�s a vit�ria de Humala, um militar reformado e representante da esquerda que derrotou Keiko Fujimori na elei��o presidencial peruana do domingo.
"Ollanta venceu no Peru", comemorou o venezuelano Chavez ao chegar a Salinas, acrescentando que "a bolsa peruana caiu apenas porque o povo escolheu democraticamente um novo presidente".
A elei��o foi mal recebida pelos investidores e provocou uma queda hist�ria na Bolsa de Valores de Lima: 12,51% na segunda-feira.
"S�o, sem d�vida, sinais daqueles que acreditam ser os donos do mundo", criticou Chavez, que ao lado de Correa promove o chamado socialismo do s�culo XXI, ainda que com diferentes caracter�sticas.
O chanceler do Equador, Ricardo Pati�o, disse por sua vez que "a esperan�a aumenta ao ver que vozes alternativas como a de Ollanta Humala, que representam os setores mais desfavorecidos do Peru, chegaram ao Governo".
Pati�o destacou a vontade expressa por Humala de impulsionar a integra��o latino-americana. "Alegra-nos bastante ouvir algo que ratifica o que sempre nos disseram a respeito dele", considerou.
Enquanto isso, Chavez antecipou que - ao lado de Correa - ir� "trabalhar duro para fortalecer a integra��o entre o Equador e a Venezuela, a Alian�a Boliviana para os Povos da Am�rica (Alba) e a Uni�o Sul-Americana de Na��es (Unasul) para continuar fazendo do continente uma grande �rea de paz".
Chavez, que chegou a Salinas depois de um encontro no Brasil com a presidente Dilma Rousseff, seguir� depois para Cuba, �ltima parada de uma turn� pelo continente que havia sido interrompida em maio por uma les�o no joelho.
O l�der venezuelano aproveitou a estada em Salinas para denunciar a "agress�o" dos Estados Unidos ao seu pa�s, mediante as san��es contra a estatal petrol�fera PDVSA por manter rela��es comerciais com o Ir�.
"Espero que o presidente (Barack) Obama repense a tempo as medidas tomadas e se preocupe, primeiro, com os os problemas que tem por l�, nos Estados Unidos, que s�o muitos: a viol�ncia, o crime, o narcotr�fico, a corrida armamentista, a mis�ria, a pobreza, os problemas sociais", enumerou.
Al�m disso, Chavez classificou os ataques da Otan sobre a L�bia como um "verdadeiro crime".
"� um crime o que est� acontecendo na L�bia, um verdadeiro crime. De maneira descarada, c�nica como poucas vezes se viu antes no mundo", opinou.