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Estado de Minas

Depois de seis meses, Primavera �rabe enfrenta viol�ncia e incertezas


postado em 04/08/2011 09:39

Mais de seis meses ap�s seu in�cio, a Primavera �rabe – s�rie de levantes populares que come�ou na Tun�sia e se espalhou por v�rios pa�ses da regi�o – enfrenta um impasse envolvendo viol�ncia, mortes, frustra��es e d�vidas quanto a mudan�as pr�ticas. No come�o do ano, os protestos eram vistos como uma onda pac�fica de mudan�as rumo a reformas, democracia e destitui��o de governos no poder havia d�cadas

Mas a L�bia passa por uma guerra civil, enquanto as manifesta��es na S�ria e I�men s�o reprimidas com extrema viol�ncia e n�o h� sinais de que os governantes renunciem. No Bahrein, as manifesta��es em favor da democracia foram reprimidas e extintas pelo governo. Ativistas e membros da oposi��o foram presos.

“Em pleno ver�o no Oriente M�dio, a Primavera �rabe gera apenas d�vidas e suspeitas. Ningu�m sabe o que realmente vai produzir, nem mesmo na Tun�sia e no Egito, onde houve relativas mudan�as e sucesso em tirar do poder os ditadores”, disse o analista Rami Khoury, diretor do Instituto Fares, da Universidade Americana de Beirute.

A Primavera �rabe come�ou na Tun�sia causada por descontentamentos da classe m�dia e pobre com desemprego, corrup��o, pobreza e falta de liberdades pol�ticas levou a levantes populares contra o ent�o presidente Zine El Abidine Ben Ali, que estava no poder havia 23 anos. Ap�s a ren�ncia de Ben Ali, no dia 14 de janeiro, um governo provis�rio foi nomeado e uma s�rie de reformas pol�ticas e econ�micas anunciadas, incluindo elei��es para uma Assembleia Constituinte para julho deste ano.

Mas as reformas econ�micas t�m sido lentas, de acordo com jornais tunisianos, e a popula��o reclama da demora no julgamento de pessoas ligadas ao antigo regime, embora Ben Ali tenha sido julgado � revelia. Por outro lado, os grupos sociais mais secularizados come�am a temer a for�a cada vez maior dos partidos de ideologia mais islamista, gerando d�vidas quanto ao futuro do secularismo no pa�s.

Foram 18 dias de protestos inspirados na revolu��o na Tun�sia, e ao menos 850 mortos, ap�s for�as de seguran�a abrirem fogo contra manifesta��es pac�ficas nas ruas da capital, Cairo, e outras cidades do pa�s considerado o mais importante e influente do mundo �rabe. A press�o popular e interna entre os militares obrigou o presidente Hosni Mubarak a renunciar, encerrando 30 anos no poder. O Egito � governando por um governo provis�rio liderado por um conselho militar das For�as Armadas.

Na L�bia, a oposi��o conseguiu controle de v�rias cidades, pressionada por reformas e a ren�ncia do presidente l�bio Muammar Khadafi – que h� 42 anos est� no poder. Ren�ncias de pol�ticos locais e comandantes militares, antes aliados de Khadafi, deram um f�lego � oposi��o.

A crise na L�bia agravou-se com o ingresso dos militares da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), em mar�o. Os confrontos geraram milhares de mortos e deixaram feridos no pa�s. Analistas do Oriente M�dio dizem que o fator militar foi determinante para os desfechos na Tun�sia e no Egito. Segundo eles, os militares tunisianos e eg�pcios, obrigados ou n�o, escolheram o caminho de reformas e ficaram ao lado de suas popula��es ganhando respeito e admira��o.

Na S�ria, os protestos que come�aram discretamente em mar�o se intensificaram nos �ltimos dias registrando momentos de viol�ncia. Os manifestantes querem a ren�ncia do presidente s�rio, Bashar Al Assad. Ao menos 1,5 mil pessoas morreram depois que o governo enviou tanques e soldados para acabar com os protestos em diversas cidades.

O I�men tamb�m � palco de um levante popular para tirar do poder o presidente Ali Abdullah Saleh que h� 30 anos est� no poder. Diferentemente de outros pa�ses mu�ulmanos que passam por revolu��es, o I�men tem a agravante de ter grupos militantes armados e a presen�a da Al Qaeda em seu territ�rio.

Tamb�m h� manifesta��es populares no Bahrein, reprimidas com a ajuda da vizinha Ar�bia Saudita. O Bahrein, que tem uma popula��o majoritariamente xiita (cerca de 70%), � controlado pela fam�lia real sunita Al Khalifa. Os protestos em favor da democracia tiveram a ades�o de sunitas tamb�m, mas o governo acusou a oposi��o de promover um levante xiita que visava a um golpe � monarquia.

Para analistas, os movimentos em favor da democracia no Bahrein foram dominados e n�o h� a perspectiva de um retorno aos protestos como ocorre em outros pa�ses mu�ulmanos. Segundo eles, a Ar�bia Saudita, cautelosa, n�o permitir� uma volta de protestos no Bahrein.


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