O presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Barroso, defendeu a interven��o da Otan na L�bia como "um dever moral", diante das cr�ticas recebidas durante uma confer�ncia na Funda��o Nelson Mandela nesta sexta-feira em Johannesburgo.
Barroso foi recebido na Funda��o pelo ex-presidente sul-africano Frederik De Klerk e pelo intelectual e universit�rio sul-africano Njabulo Ndebele.
Obrigado a reconhecer que a quest�o da L�bia continua "muito delicada" na �frica do Sul, Barroso precisou se explicar. "A L�bia est� muito pr�xima", a perspectiva de seu l�der massacrar seu povo "provocou indigna��o", disse. "T�nhamos um dever moral", acrescentou.Ele descartou a ideia de uma interven��o "guiada por interesses" e ressaltou que, se fosse o caso, seria mais simples n�o intervir, j� que "muitos pa�ses mantinham excelentes rela��es com o antigo regime".
Barroso foi � �frica do Sul para o quarto encontro desse pa�s com a Uni�o Europeia. A �frica do Sul n�o reconheceu a revolta l�bia. Ele foi questionado se a Europa investir� tanto dinheiro na reconstru��o do pa�s quanto gastou nos bombardeios.
Barroso foi recebido friamente por Ndebele, que manifestou seu "mal-estar" quando viu na televis�o o presidente franc�s "Nicolas Sarkozy chegar heroicamente na L�bia com David Cameron", primeiro-ministro brit�nico. "Voc�s roubaram a hist�ria do povo l�bio", disse Ndebele, pedindo que os europeus sejam mais "humildes" se n�o, "a arrog�ncia complicar� as rela��es e levar� ao terrorismo de amanh�".
O presidente da Comiss�o Europeia assegurou que a rebeli�o l�bia "trabalha por uma verdadeira reconcilia��o e representa o povo l�bio de verdade", muito mais que o regime "corrompido" anterior. "Se eles conseguirem ter um Estado, o que n�o � o caso at� o momento, e um Estado democr�tico, eu acredito que n�s podemos ajudar esse pa�s t�o pr�ximo", afirmou.