A 66ª Assembleia Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) ocorre no momento em que o mundo discute os impactos da crise econ�mica internacional, os conflitos no Norte da �frica e no Oriente M�dio, o agravamento da fome em v�rios pa�ses africanos, a press�o da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para reconhecer o Estado palestino e as dificuldades para a reconstru��o do Haiti.
Todos os temas fazem parte da agenda internacional da presidente Dilma Rousseff, que pela primeira vez, abrir� os trabalhos da Assembleia Geral das Na��es Unidas, na manh� de quarta-feira. Dilma chega neste domingo a Nova York. A expectativa, de acordo com diplomatas e especialistas, � que ela anuncie a posi��o do Brasil em rela��o a temas considerados sens�veis.
A presidenta dever� mencionar a posi��o do governo brasileiro em rela��o ao Conselho Nacional de Transi��o (CNT) da L�bia – comandado pela oposi��o ao presidente l�bio, Muammar Khadafi. Anteontem (16) a ONU reconheceu o �rg�o e mais de 60 governos tamb�m legitimam o conselho como capaz de coordenar a transi��o na L�bia.
O assunto divide opini�es na comunidade internacional. O governo de Israel � contr�rio � proposta porque alega que os palestinos querem dividir a cidade de Jerusal�m, algo inaceit�vel para os israelenses. Os norte-americanos informaram que v�o rejeitar o pedido de Abbas porque defendem mais negocia��es antes do reconhecimento.
A crise econ�mica mundial � outro tema que ser� abordado pelos l�deres. Dilma alertou, em v�rias ocasi�es, sobre impactos da crise nos pa�ses em desenvolvimento e disse que o Brasil redobrar� os esfor�os para evitar os efeitos na regi�o. Paralelamente, a Europa busca meios de impedir o agravamento da situa��o.
Os conflitos nos pa�ses mu�ulmanos ganharam desdobramentos que v�o al�m das quest�es regionais, pois na L�bia o pa�s vive em clima de guerra, enquanto na S�ria o presidente Bashar Al Assad demonstra n�o respeitar os acordos internacionais para preserva��o dos direitos humanos e a situa��o se agrava. O c�lculo � que mais de 2,6 mil s�rios morreram em seis meses de confrontos.
A comunidade internacional deve, mais uma vez, agora nas presen�as dos l�deres mundiais, recha�ar a forma como Assad conduz o conflito na S�ria e cobrar o fim dos confrontos e a aplica��o de medidas democr�ticas. Paralelamente, outra preocupa��o � com a situa��o no Haiti. Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o terremoto que devastou o pa�s, h� esfor�os para sua reconstru��o.
A instabilidade pol�tica no Haiti se reflete tamb�m na ajuda humanit�ria ao pa�s e no processo de reconstru��o, segundo o secret�rio-geral das Na��es Unidas na regi�o, Mariano Fern�ndez. O alerta foi feito na �ltima sexta-feira (16). O Brasil � um dos pa�ses que mais t�m cooperado com o Haiti, de acordo com o embaixador haitiano em Bras�lia, Idalbert Pierre-Jean.
Dilma est� em Nova York acompanhada por cinco ministros: o das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota; o da Sa�de, Alexandre Padilha; o do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel; o do Esporte, Orlando Silva; e a da Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Helena Chagas.