O vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, condenou nesta segunda-feira na ONU o comportamento "vergonhoso" e "inaceit�vel" de cinco capacetes azuis de seu pa�s acusados de abusar de um jovem haitiano no Haiti, e defendeu o direito dos palestinos de ter um Estado.
Em seu discurso no �mbito do debate anual da Assembleia Geral da ONU em Nova York, Astori falou de "epis�dios de m� conduta, vergonhosos e inaceit�veis" por parte de "cinco integrantes" do contingente militar uruguaio mobilizado no Haiti e prometeu "punir os culpados".
"N�o vacilamos em agir com a m�xima severidade e rigor que as circunst�ncias exigem", afirmou o vice-presidente, lembrando que "a justi�a militar processou com pris�o os cinco indiv�duos denunciados por crimes militares cometidos e submeteu o caso � justi�a penal ordin�ria".
"Chegaremos at� as �ltimas consequ�ncias para esclarecer o ocorrido e punir os culpados", disse Astori.
Integrantes da Miss�o de Estabiliza��o da ONU no Haiti (Minustah), os cinco capacetes azuis foram processados no �mbito militar por crimes de desobedi�ncia e omiss�es no servi�o, o primeiro com pena m�nima prevista de quatro meses e m�xima de quatro anos, e o segundo com pena m�xima de tr�s anos.
A opini�o p�blica uruguaia ficou revoltada com a divulga��o na internet de um v�deo de 45 segundo no qual um grupo de ao menos quatro soldados mantinha com o rosto para baixo um jovem haitiano sobre um colch�o no ch�o e com as m�os para tr�s.
Quanto ao tema central desta Assembleia Geral, Astori afirmou que o Uruguai considera "reunidas" as "condi��es necess�rias" para o reconhecimento de um Estado palestino.
"O povo palestino tem leg�timo e pleno direito de se constituir como Estado", disse Astori.
"Mas o povo judeu tamb�m tem um direito irrenunci�vel de viver em paz habitando um pa�s seguro e livre de ataques terroristas, que o Uruguai sempre rejeitou e condenou", acrescentou.