A R�ssia considerou nesta ter�a-feira "inaceit�vel" a �ltima vers�o do projeto de resolu��o dos pa�ses ocidentais no Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas que condena a repress�o na S�ria, apesar da retirada de uma refer�ncia direta a san��es.
Neste projeto de resolu��o, Gr�-Bretanha, Fran�a, Alemanha e Portugal preferiram fazer refer�ncia a "medidas precisas" em vez de "san��es" para conseguir integrar outros pa�ses do Conselho de Seguran�a.
O projeto, alvo nos �ltimos dias de intensas negocia��es, "infelizmente est� longe de nos satisfazer e n�o foram levadas em conta nossas inquieta��es", declarou o vice-ministro russo de Rela��es Exteriores, Guennadi Gatilov, � ag�ncia Interfax. "� por isso que o texto que os ocidentais se disp�em a submeter ao voto � inaceit�vel para n�s".
Gatilov destacou que Moscou desejava uma resolu��o que ressaltasse a necessidade de di�logo pol�tico na S�ria e na qual a press�o fosse exercida tanto sobre a oposi��o quanto sobre o regime do presidente Bashar al-Assad.
Nas �ltimas semanas, a R�ssia, pa�s aliado da S�ria e membro permanente do Conselho de Seguran�a, bloqueou qualquer projeto de san��es contra o regime s�rio.
Entretanto, a repress�o, que desde meados de mar�o deixou mais de 2.700 mortos, segundo a ONU, provocou novas v�timas na S�ria.
Tr�s civis morreram em Homs (centro), de acordo com o Observat�rio S�rio de Direitos Humanos (OSDH), acrescentando que seis corpos, entre eles os de duas crian�as, foram encontrados nas ruas da cidade. No noroeste da S�ria, tr�s soldados e um civil morreram em confrontos.
De acordo com o OSDH, o militante comunista Mustaf� Ahmad Ali, de 52 anos, foi assassinado na noite de segunda-feira em Homs.
Nove estudantes que participaram de manifesta��es nesta ter�a-feira foram detidos no liceu As Saura na cidade litor�nea de Banias. Os jovens pediam a queda do regime.
No exterior, a Anistia Internacional denunciou uma campanha contra os opositores s�rios na Europa, nos Estados Unidos e na Am�rica Latina, que s�o "sistematicamente vigiados e hostilizados" por suas embaixadas.
A Anistia citou os casos de mais de 30 militantes no Canad�, Chile, Fran�a, Alemanha, Espanha, Su�cia, Gr�-Bretanha e Estados Unidos "que foram alvo de intimida��es por parte de oficiais nas embaixadas" nestes pa�ses "e cujos parentes e amigos na S�ria foram hostilizados, detidos ou, inclusive, torturados".
Paris alertou o regime s�rio contra qualquer ato violento ou de intimida��o na Fran�a contra opositores s�rios, alguns dos quais foram v�timas de agress�es nas �ltimas semanas.
J� o secret�rio americano de Defesa, Leon Panetta, afirmou na segunda-feira que a queda do regime � "apenas quest�o de tempo".
Os Estados Unidos e outros governos "foram claros que Assad deve deixar o poder", declarou Panetta.
Enquanto isso, Washington manteve a proibi��o � venda de equipamentos de telecomunica��es � S�ria.
J� o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, que em outra �poca manteve v�nculos de amizade com o presidente Bashar al-Assad, anunciou nesta ter�a-feira que seu pa�s adotar� rapidamente san��es contra o regime s�rio, informou a ag�ncia de not�cias Anat�lia.
Em Damasco, o governo anulou uma lei adotada na semana passada que suspendia as importa��es de produtos de luxo e os autom�veis, anunciando, no entanto, "a redu��o do financiamento pelo Banco Central dos produtos importados pelo setor privado".