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Estado de Minas

Chuvas na Am�rica Central s�o efeito do aquecimento global


postado em 17/10/2011 20:28

As chuvas ininterruptas que caem sobre a Am�rica Central e que haviam deixado at� esta segunda-feira 80 mortos, milhares de pessoas sob risco sanit�rio e enormes perdas materiais, s�o efeito direto das mudan�as clim�ticas nos vulner�veis pa�ses da regi�o, afirmaram especialistas consultados pela AFP.

Uma conjun��o de fen�menos atmosf�ricos determinaram que em El Salvador se superasse o recorde de chuvas acumuladas (1.200 mil�metros em uma semana), algo sem precedentes, nem mesmo visto na passagem do furac�o Mitch em 1998, quando foram registrados 860 mil�metros, o que chamou a aten��o dos especialistas. "As mudan�as clim�ticas n�o s�o algo que vir�, n�s j� estamos sofrendo seus efeitos, isto (a ocorr�ncia de tempestades) � uma evid�ncia a mais da vulnerabilidade que est� nos levando a n�veis incertos de exposi��o, com a qual nossas sociedades ter�o que conviver", afirmou � AFP o t�cnico da Comiss�o Centro-americana de Ambiente e Desenvolvimento (CCAD), Ra�l Artiga. Coordenador da unidade de Mudan�as Clim�ticas e Gest�o de Risco da CCAD, com sede em San Salvador, Artiga considera que a situa��o atual j� supera as previs�es da Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina (Cepal) e de outras organiza��es, que previam um prazo de dez anos para o atual cen�rio. Um estudo recente da Cepal, intitulado "A economia das Mudan�as Clim�ticas", advertiu que em termos fiscais o impacto das altera��es no clima representa um passivo que "afetar� as finan�as p�blicas por v�rias gera��es". Segundo o estudo, no ano de 2010, o custo acumulado estimado "equivale a 73 bilh�es de d�lares correntes ou 52 bilh�es de d�lares em valores de 2002, aproximadamente 54% do PIB regional de 2008". A situa��o atual de emerg�ncia na Am�rica Central que, segundo a meteorologista salvadorenha Lorena Soriano � causada por fen�menos atmosf�ricos que est�o se formando a "uma altitude menor � hist�rica" no Pac�fico, al�m de deixar 80 mortos at� o momento, destruiu pontes, milhares de quil�metros de vias e causou perdas milion�rias � agricultura de subsist�ncia de gr�os b�sicos. "O que estamos evidenciando � a crescente ocorr�ncia de eventos deste tipo (tempestades) na �ltima d�cada e isto nos d� um sinal de que efetivamente a variabilidade clim�tica, associada �s mudan�as clim�ticas, � precisamente um dos elementos aos quais vamos estar sujeitos", advertiu Artiga. A coordenadora para a Am�rica Central da Associa��o Mundial para a �gua (GWP, na sigla em ingl�s), Maureen Ballestero, advertiu que o panorama � preocupante. Segundo Ballestero, o que acontece � uma "mistura de variabilidade clim�tica com mudan�as clim�ticas e isto � preocupante. H� muita influ�ncia dos efeitos das mudan�as clim�ticas. N�o podemos tapar os olhos. Estamos vivendo os efeitos na Am�rica Central". Para o ministro do Meio Ambiente de El Salvador, Herman Rosa Ch�vez, as chuvas torrenciais, causadas por fen�menos originados no Oceano Pac�fico, "fazem parte de eventos extremos", com o risco de que "a frequ�ncia com que ocorrem esteja aumentando". "Temos um transtorno no clima. Na d�cada de 1960 e 1970 tivemos o impacto de um fen�meno atmosf�rico em cada d�cada; depois, nos anos 1980 houve dois; na d�cada de 1990, quatro; entre 2000 e 2010 j� foram sete eventos e nesta nova d�cada j� temos o primeiro evento e a pergunta �, quantos ser�o?", explicitou Rosa Ch�vez. Em vista dos custos de se adaptar �s mudan�as clim�ticas, Rosa Ch�vez apelou ao acesso do Fundo Verde que, sob o princ�pio da "responsabilidade compartilhada", � guarnecido com contribui��es dos pa�ses que emitem maior quantidade de gases de efeito estufa.


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