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Estado de Minas

Aquecimento global � a principal causa de eventos clim�ticos extremos

Estudos sugerem que temperatura do ar e da superf�cie mar�tima mais quentes, combinadas com uma maior umidade do ar intensificar�o as tempestades tropicais futuras


postado em 18/11/2011 18:22

As mudan�as clim�ticas provocadas pelo homem j� causam ondas de calor e chuvas torrenciais que causam inunda��es, e provavelmente contribuir�o para futuros desastres naturais, alertou a ONU em um relat�rio publicado esta sexta-feira.

Mas as perdas e danos provocados por estes eventos extremos depender�o muito das medidas tomadas para proteger as popula��es e a propriedade quando a viol�ncia da natureza aflorar, acrescentou. O relat�rio, divulgado dez dias antes das negocia��es clim�ticas em Durban, na �frica do Sul, � a primeira revis�o abrangente das Na��es Unidas sobre o impacto do aquecimento global em eventos clim�ticos extremos e a melhor forma de lidar com eles. "Na verdade, podemos atribuir o aumento de dias quentes nos �ltimos anos a uma concentra��o maior de gases de efeito estufa", afirmou Thomas Stocker, co-presidente do Painel Intergovernamental de Mudan�as Clim�ticas (IPCC, na sigla em ingl�s), que aprovou um resumo do relat�rio durante reuni�o em Kampala, capital de Uganda. "E � virtualmente certo que a intensifica��o da frequ�ncia e da magnitude dos extremos di�rios de calor e frio ocorram no s�culo XXI", disse a jornalistas durante entrevista coletiva. "Temporais ser�o mais frequentes em muitas regi�es do planeta", acrescentou. O relat�rio revisou extremos de calor e chuva com base em tr�s proje��es ou cen�rios: uma forte redu��o nas emiss�es de carbono, uma redu��o modesta, e n�veis inalterados (cen�rio "business as usual"). Os tr�s cen�rios demonstraram uma trajet�ria similar de aumento dos extremos at� meados do s�culo. Mas por volta do fim do s�culo, os caminhos divergem dramaticamente, com ondas de calor e picos de chuva mais intensos e frequentes no pior cen�rio, que considera um mundo saturado de gases-estufa. No cen�rio que prev� emiss�es elevadas - a caminho do qual estamos agora -, picos de calor que aconteciam a cada 20 anos v�o ocorrer a cada cinco anos por volta de 2050, e todo ano ou a cada dois anos ao final do s�culo. A incid�ncia de chuvas intensas aumentar� da mesma forma, acrescentou o documento. Qin Dahe, outro co-presidente do IPCC, afirmou que o painel tamb�m est� "mais confiante" de que as mudan�as clim�ticas s�o a causa do recuo das geleiras, uma grande preocupa��o para pa�ses da �sia e da Am�rica do Sul, que dependem das geleiras para ter �gua. H� alguns anos, a imagem do painel saiu arranhada ap�s equ�vocos no Quarto Relat�rio de Avalia��o, publicado em 2007. Entre estes erros estava uma estimativa grosseiramente imprecisa sobre o ritmo de derretimento das geleiras do Himalaia. Voltando ao documento atual, no que diz respeito aos outros eventos clim�ticos, como ciclones, os cientistas ainda se disseram incapazes de dimensionar o impacto das mudan�as clim�ticas, devido � falta de dados e a "mutabilidade e varia��es inerentes ao sistema clim�tico", explicou Stocker. "A incerteza aqui vai nas duas dire��es. Os eventos podem ser mais severos e mais frequentes do que as proje��es sugerem ou vice-versa", acrescentou. O documento de 20 p�ginas publicado esta sexta-feira resume as conclus�es de um relat�rio de 800 p�ginas, que levou tr�s anos para ser feito, e que revisa milhares de artigos cient�ficos. Ele foi escrito por cerca de 200 cientistas e aprovado esta semana pelo IPCC, formado por 194 pa�ses-membros, e que re�ne representantes de governos e especialistas. Segundo o documento, extremos clim�ticos atingir�o o globo de forma desigual: a onda de calor que matou 70 mil pessoas na Europa em 2003 pode ser um padr�o para futuros picos no sul da Europa e no norte da �frica. Regi�es da �frica onde milh�es j� vivem no limite da fome enfrentar�o mais secas. Pequenos estados insulares poder�o ficar inabit�veis devido a temporais agravados pelos mares com n�veis mais elevados. "A mensagem chave � a forma de intera��o dos extremos, a exposi��o e a vulnerabilidade criam um risco de cat�strofe", explicou Chris Field, co-presidente do Grupo de Trabalho II do IPCC, que se concentra na adapta��o �s mudan�as clim�ticas. "N�o � preciso dizer que este [relat�rio] � um novo alerta", afirmou a comiss�ria europeia de a��o clim�tica, Connie Hedegaard, em um comunicado em Bruxelas. "Com todo o conhecimento e argumentos racionais a favor de uma a��o clim�tica urgente, � frustrante ver alguns governos n�o demonstrarem a vontade pol�tica para agir", acrescentou. "Este relat�rio deveria acabar com as d�vidas dos governos sobre o que s�o as mudan�as clim�ticas, sobre seus impactos sobre os eventos clim�ticos extremos, que j� afetam as vidas e o sustento de milh�es de pessoas", criticou Bob Ward, do Instituto de Pesquisas Grantham sobre Mudan�as Clim�ticas e Meio Ambiente da London School of Economics.


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