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Estado de Minas

Papa prepara viagem � �frica, onde debate sobre preservativo causa furor

�frica Subsaariana concentra quase 70% dos casos de HIV no mundo


postado em 17/11/2011 16:37

O papa Bento XVI visitar� a �frica esta semana, onde deve ser questionado sobre a posi��o da Igreja Cat�lica a respeito do preservativo em um continente duramente castigado pelo HIV e a Aids. A chegada do Sumo Pont�fice a Benin, pa�s do oeste africano, nesta sexta-feira, marcar� sua segunda visita � �frica.

A primeira, em 2009, a Camar�es e Angola, causou protestos mundiais quando ele sugeriu que a distribui��o de preservativos agravou o problema da Aids. Desde ent�o, o Papa parece ter suavizado esta postura, afirmando em um livro, publicado no ano passado, que o uso do preservativo � aceit�vel "em alguns casos", principalmente para reduzir o risco de infec��es por HIV. N�o � de hoje que os cat�licos africanos se veem divididos entre a doutrina da Igreja e a realidade de uma doen�a mortal, que castiga milh�es de pessoas. "O que o Papa disse � o ideal", explicou Lea Glago, jornalista e cat�lica de 28 anos de Benin, referindo-se a coment�rios feitos em 2009. "Mas para ser honesta com voc�, eu n�o respeito isso e acho dif�cil respeitar. N�o conhe�o ningu�m ao meu redor que o fa�a", acrescentou. Organiza��es cat�licas de caridade s�o respons�veis por oferecer grande parte dos cuidados para as v�timas da Aids na �frica Subsaariana, onde vivem 22 milh�es de soropositivos. O pragmatismo �s vezes tem preced�ncia sobre a an�lise do significado dos pronunciamentos do Vaticano. No pequeno reino da Suazil�ndia, na �frica Austral, pa�s com a pior taxa de preval�ncia de HIV, com cerca de 26% da popula��o adulta soropositiva, alguns mission�rios cat�licos dizem preferir se concentrar em salvar vidas. "Como um homem da Igreja, grande parte do que � feito n�o � ora��o. � uma resposta � crise", explicou o padre Martin McCormick, mission�rio e fundador da Hope House (Casa da Esperan�a), um abrigo para pacientes com Aids e seus familiares. McCormick tamb�m supervisiona 60 escolas cat�licas, onde os 8.000 estudantes s�o �rf�os da Aids. "Se voc� tem 8.000 crian�as famintas, n�o se volta para o Vaticano. Voc� pensa em dar uma 'resposta humana' ao que voc� v� � sua frente. Eu n�o penso em pol�ticas ou filosofias", acrescentou. No mesmo pa�s, a irm� Diane Dalle Molle, uma freira cat�lica que h� oito anos aconselha e examina pessoas para detec��o do HIV, afirmou: "N�s podemos dizer a eles o que est� dispon�vel l� fora". "N�s n�o fornecemos preservativos, mas eles sabem onde consegui-los", explicou. Alguns, no entanto, decidem se ater ao dogma. Gift Mambipiri, l�der do movimento estudantil cat�lico do Zimb�bue, afirmou que "a Igreja trata da vida e de salvar vidas. A abordagem hol�stica prega abstin�ncia e fidelidade total". Na Nig�ria, o pa�s mais populoso da �frica, o diretor da ag�ncia nacional antiAids, chamou a postura da Igreja Cat�lica com rela��o aos preservativos de "irrealista". "Na realidade, muitas pessoas compreendem (o uso do preservativo), mas n�o querem ir contra a doutrina", explicou John Idoko, diretor da ag�ncia nigeriana de controle contra a Aids. Ele disse que no ano passado um grupo de cat�licos "fan�ticos" levou sua ag�ncia, o Minist�rio da Sa�de e uma ag�ncia de controle de drogas � Justi�a por promoverem o uso de preservativos, alegando que estariam distribuindo camisinhas com buracos e incentivando a dissemina��o do HIV. O caso foi arquivado depois que os pleiteantes fracassaram em provar suas alega��es. Na �frica do Sul, pa�s com o maior n�mero de casos de HIV do mundo, a Igreja Cat�lica e suas cl�nicas, abrigos, programas de cuidados dom�sticos e orfanatos se viram na frente de batalha do combate � Aids. No gabinete da Confer�ncia dos Bispos Cat�licos Sul-africanos, a irm� Victoria explicou que o Programa de Educa��o para a Vida se baseia na promo��o da abstin�ncia. "N�o somos permitidos a ensinar sobre os preservativos", afirmou. "Sexo � para o casamento. Tentamos encorajar a abstin�ncia. N�s enfrentamos a realidade, mas precisamos dizer a verdade", acrescentou.


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