A C�mara dos Deputados da It�lia, com 630 parlamentares, discute nesta sexta-feira o voto de confian�a ao novo primeiro-ministro italiano, Mario Monti. Ontem, ele obteve o voto no Senado - 281 parlamentares, dos 307 presentes, votaram a favor. O voto foi concedido depois de o primeiro-ministro prometer restaurar a credibilidade da It�lia e contribuir para salvar a zona do euro e a Uni�o Europeia, afetados pela crise econ�mica internacional.
Depois de passar pelo voto de confian�a dos parlamentares, o primeiro-ministro italiano pretende fazer uma turn� europeia por Bruxelas, Paris, Berlim e Londres. “A Uni�o Europeia n�o pode“sobreviver a uma fal�ncia da uni�o monet�ria”, disse Monti, ex-comiss�rio europeu. Segundo ele, a It�lia n�o pode ser o “elo fraco” da zona do euro e deve retomar seu papel na constru��o do bloco.
Terceira maior economia europeia, atr�s apenas da Alemanha e Fran�a, a It�lia tem uma d�vida de 1,9 trilh�o de euros e est� com taxas de empr�stimo para o Estado em torno de 7%. “N�s devemos convencer [os mercados] que tomamos o caminho da redu��o, gradual mas permanente."
Ap�s dois planos de austeridade, em julho e setembro, Monti, que tamb�m comandar� o Minist�rio das Finan�as, disse que estuda novas medidas para atingir o objetivo de um equil�brio or�ament�rio em 2013. Uma das propostas � a volta da aplica��o do imposto sobre a resid�ncia principal, considerada por ele uma “aberra��o italiana”. A taxa foi suspensa por Silvio Berlusconi, o ex-primeiro-ministro.
Nessa quinta-feira, ao discursar por 40 minutos, Monti foi interrompido 17 vezes por aplausos. “´[A It�lia precisa de medidas para] tornar a economia menos esclerosada, favorecer o surgimento de novas empresas, melhorar a efici�ncia dos servi�os p�blicos e estimular o trabalho para jovens e mulheres”, disse.
"A It�lia deve investir nos seus talentos, nos seus jovens e faz�-los orgulhosos de seu pa�s". Monti acrescentou que novos sacrif�cios ser�o feitos, mas de maneira equilibrada para que sejam aceitos pela popula��o.
No novo pacote de austeridade, Monti quer incluir medidas de reforma do sistema previdenci�rio, considerado um dos mais s�lidos da Europa, para combater o que chamou de “privil�gios injustificados”, como a aposentadoria em qualquer idade ap�s 40 anos de contribui��o.