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Estado de Minas

Col�mbia inicia debate sobre legaliza��o das drogas

Pa�s sofre h� quase meio s�culo com conflito interno que envolveu guerrilhas de esquerda, paramilitares de extrema direita, cart�is do narcotr�fico e narcotraficantes aliados de paramilitares


postado em 23/11/2011 20:07

A proposta do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de abrir um debate internacional que poder� abordar a legaliza��o das drogas despertou novas discuss�es no pa�s, principal produtor mundial de coca�na, que constata o fracasso das pol�ticas proibicionistas.

"Continuaremos lutando com tudo o que temos contra o tr�fico de drogas, porque para n�s � um problema de seguran�a nacional", disse Santos esta semana em visita a Londres. Mas, completou, "apesar de termos sido muito efetivos na luta contra o narcotr�fico, as drogas continuam fluindo, continuam sendo exportadas, continuam sendo consumidas". Uma "discuss�o franca e aberta sobre diferentes formas de combater esse flagelo" seria "�til e bem-vinda", disse Santos, ao afirmar que o debate "deve ocorrer no n�vel internacional e com todos os pa�ses presentes". Suas declara��es foram rejeitadas pelo ex-presidente �lvaro Uribe, que durante seus dois per�odos de governo, de 2002 a 2010, impulsionou com os Estados Unidos o Plano Col�mbia de luta contra as drogas, mediante o qual Washington desembolsou a Bogot� cerca de 6 bilh�es de d�lares em 10 anos. "#Legalizar: que n�o sejam criados mais riscos para as fam�lias colombianas, �s crian�as, �s escolas que podem ser alvo de microtr�fico", escreveu Uribe em sua conta no Twitter. "#Legalizar: ent�o haver� com�rcio legal de maconha e ilegal de hero�na e coca�na", "#Legalizar: a qualquer pre�o o cultivo de narc�ticos legais pode destruir nossa Amaz�nia", foram algumas de suas mensagens. No entanto, a procuradora-geral Viviane Morales apoiou a ideia de um debate internacional. "Seria muito bom que o mundo fizesse uma discuss�o aberta e franca, que a Col�mbia falasse com a valentia e dignidade que lhe corresponde pela tarefa que vem realizando" em sua luta contra o narcotr�fico, disse. "Temos tido uma pol�tica proibicionista que a Col�mbia aplicou de p� juntos durante os �ltimos 30 anos, e tivemos resultados importantes na luta contra o narcotr�fico. No entanto, continuamos sendo testemunhas de que o narcotr�fico � o principal impulsionador do conflito e da viol�ncia", disse Morales nesta quarta-feira � emissora Caracol. "Nem o proibiionismo total foi solu��o, nem tenho certeza de que seja a legaliza��o, porque eticamente o tema de um consumo aberto para a juventude � tr�gico para a humanidade", completou a procuradora. A Col�mbia vem reduzindo progressivamente seus cultivos de coca, que passaram de cerca de 162.000 hectares em 2000 a menos de 60.000 em 2010, e acabou com os grandes cart�is do narcotr�fico, como foram os de Medell�n e de Cali, lembrou Santos em Londres. No entanto, esse pa�s continua sendo o principal produtor mundial de coca�na, com 350 toneladas em 2010, de acordo com cifras das Na��es Unidas. Al�m disso, na Col�mbia s�o lavados 8 bilh�es de d�lares por ano, que equivalem a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados da procuradoria. Para Daniel Mej�a, professor da Faculdade de Economia da Universidade dos Anges em Bogot�, e coautor do livro "Pol�ticas Antidrogas na Col�mbia: sucessos, fracassos e extravios", o resultado da pol�tica antidrogas, ap�s mais de 30 anos, "� lament�vel". "H� um aumento not�vel da viol�ncia nos pa�ses andinos, no M�xico e na Am�rica Central. O tema precisa ser colocado sobre a mesa, sem posturas ideol�gicas que distorcem a realidade. � necess�rio discutir com base nas evid�ncias", disse Mej�a � AFP. "O proibicionismo n�o funcionou, nem na redu��o do consumo nem na produ��o. Op��es como a legaliza��o n�o necessariamente v�o diminuir o fluxo das drogas, mas sim os �ndices de viol�ncia", declarou.


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