A L�bia expressou reserva, nesta ter�a-feira, sobre alguns pontos do tratado de amizade com Roma assinado, em 2008, pelos ex-dirigentes dos dois pa�ses, Muamar Kadhafi e Silvio Berlusconi, segundo o vice-ministro das Rela��es Exteriores, Mohamed Abdelaziz.
"H� in�meros pontos inclu�dos na conven��o que precisam ser discutidos novamente entre os dois pa�ses", declarou Abdelaziz, citado pela ag�ncia oficial Wal. O presidente do Conselho Nacional de Transi��o (CNT), Mustapha Abdeljalil, deve viajar na quinta-feira a Roma para debater o tratado com as autoridades italianas, acrescentou. "A vis�o da nova L�bia, sobre a coopera��o com a It�lia, difere do ponto de vista do regime anterior", explicou ele, destacando "a necessidade de olhar a parceria de uma forma totalmente diferente". Abdelaziz, que sa�a de uma reuni�o com Domenico Giorgi, chefe do Departamento de Pa�ses Mediterr�neos e do Oriente M�dio, no minist�rio italiano das Rela��es Exteriores, acrescentou que as duas partes mantinham-se, no entanto, de acordo sobre alguns pontos do tratado, sem especificar quais. A It�lia chegou a suspender o acordo no final de fevereiro, alguns dias ap�s o in�cio da insurrei��o na L�bia, que provocou a queda do regime de Muamar Kadhafi. O tratado de amizade entre a L�bia e a It�lia, assinado no dia 30 de agosto de 2008, em Benghazi, (L�bia) por Kadhafi e Berlusconi, prev� investimentos italianos na L�bia de 5 bilh�es de d�lares, para compensar o per�odo colonial. Como parte disso, est� inclu�da a constru��o, por cerca de 3 bilh�es de d�lares, de uma autoestrada litor�nea, de 1.700 km. Em contrapartida, o regime de Tr�poli comprometeu-se a limitar a imigra��o clandestina em dire��o ao sul da It�lia. O tratado que permite tamb�m a repress�o na L�bia levou a uma redu��o de 94% dessa movimenta��o ilegal. Antes do in�cio da revolu��o l�bia, os ex-dirigentes dos dois pa�ses mantinham rela��es privilegiadas e festejavam, nos dias 30 de agosto, o anivers�rio do tratado. A It�lia, ex-pot�ncia colonial na L�bia, � o primeiro parceiro comercial do pa�s.