Fidel critica cinismo dos EUA, Espanha e UE por morte de opositor

O l�der cubano Fidel Castro criticou nesta quarta-feira os Estados Unidos, a Espanha e a Uni�o Europeia por seus coment�rios sobre a morte do opositor preso Wilman Villar em uma greve de fome, afirmando que seus coment�rios refletem "o incr�vel cinismo que gera a decad�ncia do Ocidente". "Ilustram isso alguns telegramas que desejo analisar porque mostram o incr�vel cinismo que gera a decad�ncia do Ocidente. Um deles fala de um preso pol�tico cubano que, segundo se afirma, morreu depois de uma greve de fome que durou 50 dias", afirma Fidel, em mais um artigo publicado na imprensa oficial cubana.

Villar, um oper�rio do setor t�xtil de 31 anos, morreu na quinta-feira num hospital de Santiago de Cuba, 900 km a sudeste de Havana, depois de 50 dias de greve de fome para exigir sua liberdade, segundo a dissid�ncia. Era membro da Uni�o Patri�tica de Cuba, grupo opositor dirigido pelo ex-preso pol�tico Jos� Daniel Ferrer.

Fidel recorda que, em um editorial do jornal Granma, publicado na segunda-feira, "se afirma que n�o houve tal greve de fome; ele era um recluso por delito comum, punido com 4 anos por agress�o que provocou les�es no rosto de sua esposa; e que a pr�pria sogra pediu a interven��o das autoridades". "Um jornalista do Granma, Juventud Rebelde ou qualquer outro �rg�o revolucion�rio, pode se equivocar sobre qualquer tema, mas jamais fabrica uma not�cia ou inventa uma mentira", afirmou Fidel, que raramente trata de temas internos em suas "reflex�es".

A Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu na segunda-feira ao governo cubano que fa�a reformas para garantir o respeito aos direitos humanos, ap�s a morte do opositor.