Presidente da Costa Cruzeiros diz que capit�o do Conc�rdia "enganou" empresa

O presidente da Companhia Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, respons�vel pelo navio Costa Conc�rdia que naufragou na costa da It�lia h� 13 dias, disse que o capit�o da embarca��o, Francesco Schettino, “enganou” a empresa ao prestar informa��es. Segundo ele, os dados preliminares de Schettino n�o permitiam � companhia observar a gravidade da cat�strofe. O navio naufragou na costa da Toscana, no dia 13, com 4,5 mil pessoas a bordo – pelo menos 16 pessoas morreram e 16 est�o desaparecidas.

O capit�o do Costa Conc�rdia foi acusado de homic�dios m�ltiplos e abandono de posto antes do fim da retirada dos passageiros e membros da tripula��o. As opera��es de busca por desaparecidos e de retirada do combust�vel no navio Costa Conc�rdia foram retomadas hoje (26) de manh�, depois de suspensas ontem devido ao mau tempo.

Foschi forneceu um levantamento detalhado dos di�logos de Schettino com Roberto Ferrarini, chefe da unidade de crise da Costa Cruzeiros, que faz parte da empresa americana Carnival Corp. O presidente da Costa Cruzeiros disse que Ferrarini recebeu a primeira liga��o de Schettino �s 21h57 (hora local), no dia 13 de janeiro, aproximadamente 10 minutos depois de o navio colidir com um rochedo.

“Schettino disse que tinha um grande problema a bordo. Ele disse a Ferrarini que tinha batido em uma rocha e que n�o tinha mais eletricidade no navio. O capit�o disse que somente uma das c�maras de ar tinha sido inundada”, disse Foschi.

De acordo com o presidente da Companhia Costa Cruzeiros, em um segundo telefonema Schettino informou �s 22h06 que uma segunda c�mara estava cheia de �gua, mas que “a estabilidade do navio n�o estava em perigo”.

O comandante “estava muito calmo e disse que a situa��o estava sob controle”, completou Foschi. Mas, �s 22h33, Schettino declarou que “o navio se inclinava cada vez mais” e �s 22h35 ele disse a Ferrarini que o Conc�rdia seria abandonado. “Ferrarini disse ter ficado surpreso com a decis�o de [Schettino] abandonar o navio”, disse Foschi.