A Petrobras deve iniciar ainda esta semana o resgate da embarca��o brasileira que naufragou na Ant�rtica, em dezembro de 2011, quando transportava 10 mil litros de �leo combust�vel para a Esta��o Ant�rtica Comandante Ferraz, localizada no Continente Ant�rtico.
De acordo com a Marinha, a chata (embarca��o cargueira) afundou devido � “mudan�a repentina das condi��es ambientais locais”. Imagens feitas com o uso de um ve�culo submarino operado a dist�ncia indicaram que a embarca��o estava a cerca de 40 metros de profundidade e a cerca de 900 metros da praia onde fica a base militar e cient�fica. Nenhum vazamento de �leo foi constatado e a estrutura da embarca��o estava preservada.
Para tentar trazer � embarca��o � tona, os mergulhadores ir�o usar boias infl�veis e o guindaste do Gulmar Atlantis. Perguntada sobre o eventual risco de vazamento do combust�vel do tipo anticongelante (gasoil artic), a Marinha informou que “durante a reflutua��o ser�o empregados todos os recursos necess�rios para a conten��o de polui��o ambiental”.
O Brasil � signat�rio de protocolos internacionais de preserva��o ambiental do Continente Ant�rtico, o que amplia a preocupa��o da Marinha com um poss�vel vazamento do �leo durante a opera��o.
A For�a destaca “a responsabilidade do Brasil em honrar os compromissos definidos no Protocolo ao Tratado Ant�rtico sobre a Prote��o do Meio Ambiente, pelo qual os pa�ses membros devem tomar as medidas necess�rias para reagir a situa��es que possam amea�ar o meio ambiente ant�rtico.” Em nota, acrescenta que “com o intuito de mostrar aos demais membros do tratado o nosso compromisso de bem zelar por aquele continente, a Marinha do Brasil solicitou o apoio da Petrobras para, em conjunto, realizar a opera��o de reflutua��o da chata.”
O �leo combust�vel especial seria usado para abastecer os geradores da base brasileira, reabastecida anualmente durante o ver�o ant�rtico, de novembro a mar�o, por navios da Marinha. A esta��o abriga pesquisadores brasileiros que fazem estudos financiados pelo governo brasileiro sobre os efeitos das mudan�as clim�ticas na Ant�rtica e suas consequ�ncias para o planeta, al�m de pesquisas sobre a vida marinha e a atmosfera.
Um inc�ndio na madrugada do �ltimo s�bado (25) destruiu, segundo a pr�pria Marinha, cerca de 70% das instala��es da base brasileira, comprometendo 40% do Programa Ant�rtico Brasileiro, matando dois militares e ferindo um terceiro.