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Estado de Minas

Com desemprego recorde e nova recess�o, Espanha seguir� em crise at� 2013


postado em 27/04/2012 15:17

A Espanha, rebaixada pela Standard and Poor's (SP's) em dois escal�es na quinta-feira e com um �ndice recorde de desemprego, voltou a entrar em recess�o no primeiro trimestre, tra�ando um cen�rio sombrio que se prolongar� at� 2013, segundo estimativas do governo divulgadas nesta sexta-feira.

O jornal econ�mico Expansi�n resumiu a situa��o da seguinte maneira: "Desde Londres at� Nova York, passando por Paris, Berlim, Bruxelas e Roma, em todos os principais mercados do mundo ocidental os analistas concordam em um ponto: a Espanha gera muita preocupa��o e poucas esperan�as". As cifras de desemprego publicadas nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estat�stica (INE) n�o contribu�ram para melhorar a confian�a no pa�s. Ao final de mar�o, a quarta economia da zona do euro possu�a 5,64 milh�es de pessoas sem trabalho, o que representa 24,44% da popula��o economicamente ativa, um recorde nos pa�ses industrializados e mais que o dobro da m�dia da Eurozona, que em janeiro foi de 10,7%. Na pr�xima segunda-feira, o INE deve confirmar oficialmente a entrada da Espanha em recess�o, apenas dois anos depois de ter sa�do dela. O Banco da Espanha j� adiantou esta semana que prev� um retrocesso do PIB de 0,4% no primeiro trimestre com rela��o ao anterior, quando a economia apresentou contra��o de 0,3%. Para o conjunto do ano, o governo prev� uma contra��o da economia de 1,7% do PIB, com os dois primeiros trimestres com crescimento negativo. "O ano de 2012 ser� muito fraco quanto ao consumo e a cria��o de emprego", afirma Alberto Rold�n, analista da empresa de corretora Inverseguros. A pr�pria vice-presidente do governo, Soraya S�enz de Santamar�a, reconheceu nesta sexta-feira que "estamos vivendo talvez um dos momentos mais duros da economia espanhola". "O momento � dif�cil, mas se todos fizermos esfor�os conjuntos, sairemos desta crise", afirmou Sa�nz de Santamar�a em uma coletiva de imprensa, na qual o governo anunciou suas previs�es econ�micas para os pr�ximos anos. O ministro de Economia, Luis de Guindos, prometeu uma sa�da da recess�o em 2013, com uma alta de 0,2% do PIB, al�m de prever crescimento de 1,4% para 2014 e de 1,8% para 2015. Mais pessimista, a Casa de Poupan�a Funcas prev� sete trimestres de queda da atividade - inclusive do �ltimo trimestre de 2011- o que configura uma sa�da da recess�o apenas no segundo semestre de 2013. Para o Commerzbank, a Espanha ser� o �nico pa�s da zona do euro que continuar� em recess�o em 2013, ano em que prev� um retrocesso de 0,3% do PIB espanhol. A Natixis prev� por sua vez uma queda de 0,5%. "Temo que a Funcas possa ter raz�o", disse Juan Jos� Toribio, professor da IESE Business School, de Madri. Em sua opini�o, 2013 "n�o ser� muito mais f�cil que 2012 porque ainda ser� preciso dar continuidade � pol�tica de ajuste or�ament�rio, o que gerar� mais efeitos", afirmou. Madri quer reduzir seu d�ficit de 8,51% do PIB em 2011 para 5,3% em 2012, e a 3% em 2013, para chegar ao equil�brio or�ament�rio em 2016, mas a Standard and Poor's deixou claro que n�o cr� que isso seja poss�vel, conforme declara��es da ag�ncia justificando a redu��o da d�vida do pa�s em dois escal�es, para BBB+. A ag�ncia classificadora prev� um d�ficit p�blico de 6,2% em 2012 e 4,8% em 2013. "Cremos que a trajet�ria fiscal do Reino da Espanha provavelmente se deteriorar� ante um contexto de contra��o econ�mica, contrariando nossas proje��es pr�vias", afirmou em nota. "E preciso ter cuidado com o c�rculo vicioso", disse Alberto Rold�n. "Quando houver um or�amento para gastar, mas n�o para crescer, significa que cada euro economizado n�o ir� para o crescimento", explica. O economista-chefe do HSBC, Stephen King, compartilha desta opini�o: "A recess�o � t�o profunda que as medidas de austeridade est�o piorando o cen�rio ainda mais", afirmou.


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