
Milhares de eg�pcios se manifestavam neste s�bado na Pra�a Tahrir, no centro do Cairo, e em v�rias cidades do Egito para criticar os veredictos pronunciados no processo do presidente deposto Hosni Mubarak.
Os manifestantes gritavam principalmente "Fora poder militar", concentrando a sua ira nos militares que assumiram o poder no pa�s ap�s a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011, sob a press�o de uma revolta que teve como epicentro a mesma Pra�a Tahrir.
Mubarak e seu ministro do Interior, Habib el Adli, foram condenados neste s�bado � pris�o perp�tua pela morte de cerca de 850 manifestantes no ano passado. No entanto, seis antigas autoridades do Minist�rio do Interior processadas pelos mesmos motivos foram absolvidas. "Se n�o conseguirmos justi�a para nossos m�rtires, n�s vamos morrer como eles", gritava a multid�o em Tahrir. "A pris�o perp�tua para o povo, e a absolvi��o para Mubarak", ironizava um manifestante em um cartaz, em refer�ncia ao veredicto do qual a defesa de Mubarak se prepara para recorrer. "Se voc� pensa que o antigo regime caiu, voc� est� errado. A vers�o original est� sendo baixada", ironizava um outro manifestante em um cartaz.
A multid�o se reuniu em torno de um dos candidatos eliminados no primeiro turno da elei��o presidencial de 23 e 24 de maio, Hamdeen Sabbahi, candidato da esquerda que ficou em 3º.
Na cidade de Alexandria (norte), de 4 a 5 mil pessoas se manifestavam, enquanto em Ismailiya, no Canal de Suez, cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas, segundo correspondentes da AFP no local.
Em Suez, � leste do Cairo, algumas centenas de pessoas protestavam e por volta de 2 mil pessoas se manifestavam em Port-Said (nordeste) exigindo "uma limpeza no sistema judici�rio", de acordo com testemunhas.
Esse processo hist�rico chegou ao final neste s�bado entre o primeiro e o segundo turno da elei��o presidencial que vai designar o sucessor de Mubarak. O islamita Mohamed Mursi e o �ltimo primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Shafiq, est�o na disputa pelo segundo turno nos dias 16 e 17 de junho.
O Ex�rcito prometeu entregar o poder antes do fim de junho depois que o nome do novo chefe de Estado for anunciado.