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Estado de Minas

Corpos carbonizados refor�am registros de massacre em aldeia s�ria

Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos afirmou que 55 pessoas foram assassinadas, das quais 49 em Al-Koubeir e seis no povoado vizinho


postado em 07/06/2012 15:29 / atualizado em 07/06/2012 16:02

O massacre começou por volta das 14h00 de quarta-feira (08h00 de Brasília)(foto: afp)
O massacre come�ou por volta das 14h00 de quarta-feira (08h00 de Bras�lia) (foto: afp)


Nas casas de Al-Koubeir corpos carbonizados de mulheres e crian�as est�o espalhados. Elas foram v�timas de um massacre cometido pelas for�as do governo na quarta-feira nesta regi�o rural do centro da S�ria, contam uma testemunha e ativistas horrorizados. "Corpos carbonizados de crian�as, de mulheres e de meninas est�o espalhados pelo ch�o", relatou por telefone � AFP Laith, um jovem que vive nas imedia��es de Al-Koubeir, aldeia sunita na prov�ncia de Hama, onde moram cerca de 150 agricultores e criadores de gado.

"O que vi � inimagin�vel. Foi uma matan�a horr�vel (...) as pessoas foram executadas e (seus corpos), queimados. Os corpos dos homens jovens foram levados", indicou Laith com a voz tr�mula. Ele prefere omitir seu sobrenome, por medo de repres�lias das for�as do governo. Seu relato n�o pode ser confirmado devido �s restri��es impostas aos jornalistas na S�ria.

Pelo menos 55 pessoas foram assassinadas, das quais 49 em Al-Koubeir e seis no povoado vizinho, indicou nesta quinta-feira � AFP o diretor do Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, acrescentando que "entre as v�timas est�o 18 mulheres e crian�as".

Segundo Laith, "n�o havia manifesta��es" contra o regime naquele local desde que teve in�cio o levante na S�ria, em meados de mar�o de 2011.

Os "shabiha", mil�cias do governo que chegaram de regi�es alau�tas pr�ximas, entraram depois em Al-Koubeir, prosseguiu. "Tinham armas de fogo e facas. Chegaram de povoados pr�ximos, como Asileh, que � alau�ta", explicou.

Desde 1970, os alau�tas ocupam cargos importantes na S�ria. O pr�prio presidente, Bashar al-Assad, pertence aos alau�tas, uma corrente minorit�ria do isl� xiita. "Pessoas desse povoado que eu conhe�o me disseram que durante a noite, os milicianos shabiha beberam e dan�aram em volta dos corpos, cantando em homenagem a Bashar al-Assad", acrescentou Laith. "Os observadores foram chamados pelo menos trinta vezes", denunciou. "Mas n�o vieram (...) Simplesmente n�o podemos aceitar mais isto (...) Se pessoas s�o mortas, tudo � uma montagem, uma mentira", denunciou.

Nesta quinta-feira, os observadores da ONU mobilizados na S�ria n�o conseguiram chegar a Al-Koubeir, principalmente, por terem sido impedidos por "barreiras do Ex�rcito", anunciou o chefe da miss�o, general Robert Mood.

Militantes de Hama tamb�m acusaram os shabiha de serem os respons�veis pelo massacre nesta aldeia. "Acho que pediram a criminosos que transmitissem uma mensagem ao povo s�rio dizendo 'ou est�o conosco ou est�o contra n�s'", considerou Abu Ghazi al-Hamwi, um militante, que apresentou um nome falso temendo repres�lias. "A viol�ncia � pior em �reas onde vivem sunitas e alau�tas. O governo tenta dividir a sociedade", acrescentou, indicando que havia conversado com um sobrevivente da matan�a que escapou fingindo-se de morto e que tinha perdido "35 membros de sua fam�lia".

Ele tamb�m se queixou dos observadores da ONU. "Quando o Ex�rcito se mobilizou e come�ou a bombardear 20 ou 25 casas, houve militantes que ligaram para os observadores da ONU, que responderam que n�o podiam ir porque era tarde", acrescentou.

Para Musab al-Hamadi, outro militante de Hama, "o governo quer provocar confrontos sect�rios no pa�s". "Aqui todos dependem do Ex�rcito S�rio Livre (ESL, composto por desertores do Ex�rcito). A comunidade internacional nos abandonou", concluiu.


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