Os Estados Unidos manifestaram a sua preocupa��o nesta segunda-feira de que o governo de Bashar al-Assad esteja preparando um novo massacre na S�ria, onde a viol�ncia e combates deixaram 87 mortos, em sua maioria civis.
Kofi Annan "est� particularmente preocupado com os recentes bombardeios a Homs (centro), al�m das informa��es indicando o uso de morteiros, de tanques e de helic�pteros na cidade de Haff�, na prov�ncia de Latakia (noroeste)", ressaltou seu porta-voz Ahmad Fawzi em um comunicado. "H� indicadores de que um grande n�mero de civis est�o encurralados nessas cidades".
Pouco depois, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, afirmou que "os Estados Unidos se juntam a Kofi Annan para manifestar sua preocupa��o relacionada �s informa��es provenientes da S�ria, indicando a prepara��o de um novo massacre por parte do regime" em Haff�.
"Temos que lembrar �s lideran�as militares s�rias uma das li��es aprendidas na B�snia: a comunidade internacional pode descobrir quais unidades s�o respons�veis por crimes contra a Humanidade e voc�s ser�o considerados respons�veis por suas a��es", acrescentou.
Segundo militantes, Haff�, para onde Annan pede acesso aos observadores da ONU, � bombardeada h� seis dias pelas for�as do governo. A situa��o na regi�o � "terr�vel e os tanques do Ex�rcito est�o na entrada da cidade", declarou Sima Nassar, uma militante contatada pela AFP via Skype.
"N�o h� um s� m�dico que cuide dos feridos na cidade" abandonada, segundo ela, pela maioria de seus 30.000 habitantes. "H� rebeldes e alguns civis armados que os ajudam a defender a cidade".
Atentado contra um gasoduto
A miss�o de observadores da ONU tamb�m expressou a sua inquieta��o com a escalada de viol�ncia na cidade de Homs, ressaltando que ela est� negociando a retirada dos civis.
O Ex�rcito bombardeou com artilharia pesada a localidade de Rastan, na prov�ncia de Homs, setores da prov�ncia de Idleb (noroeste) e a cidade de Al-Achara, na prov�ncia de Deir Ezzor (leste), defendida fortemente pelos rebeldes e da qual as for�as de ordem tentam retomar o controle, indicou o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
Combates violentos tamb�m ocorreram nessas prov�ncias entre soldados e insurgentes, que efetuaram diversos ataques a bomba, indicou a ONG.
Segundo o OSDH, no momento em que a revolta entra nesta semana em seu 16º m�s, a repress�o e os confrontos custaram a vida de 87 pessoas nesta segunda-feira.
Segundo a ag�ncia oficial Sana, que acusou "um pequeno grupo terrorista armado", um atentado causou estragos em um gasoduto no leste do pa�s, provocando o vazamento de 400.000 m3 de g�s.
Mais de 14.100 pessoas morreram desde o in�cio da revolta desencadeada no dia 15 de mar�o de 2011 por manifesta��es pac�ficas, mas que se militarizaram frente � repress�o, segundo o OSDH.
Nuland novamente descartou nesta segunda-feira uma interven��o militar americana. "Nossa preocupa��o � que envolver for�as estrangeiras neste conflito (...) pode transform�-lo em uma guerra por procura��o", declarou.
Neste contexto, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, vai na quarta-feira ao Ir�, principal aliado de Damasco na regi�o, que foi acusado fornecer armas e especialistas para ajudar na repress�o efetuada pelas for�as de Assad.
Projeto de resolu��o
A R�ssia prop�s a realiza��o de uma confer�ncia internacional para tentar salvar o plano Annan, incluindo o Ir�, mas os ocidentais rejeitaram.
Em Paris, o Minist�rio das Rela��es Exteriores indicou que a Fran�a manter� "nesta semana novos contatos com a R�ssia" sobre esta confer�ncia.
A Fran�a deve receber em 6 de julho uma nova reuni�o do Grupo dos Amigos do Povo S�rio, que n�o inclui o Ir� e do qual R�ssia e China nunca participaram.
Enquanto isso, Washington, Paris e Londres preparam um projeto de resolu��o no Conselho de Seguran�a incluindo uma amea�a de san��es.
Entretanto, esta resolu��o corre o risco de ser bloqueada, como no passado por Pequim e Moscou. Os Estados Unidos e a Uni�o Europeia j� imp�em san��es unilaterais a Damasco.
O novo chefe do Conselho Nacional S�rio (CNS), principal grupo da oposi��o, Abdel Basset Sayda, pediu nesta segunda-feira que o presidente Assad ceda o lugar ao vice-presidente Farouk al-Chareh, segundo a ag�ncia de not�cias turca Anatolia.