Os militares eg�pcios se comprometeram novamente nesta segunda-feira a entregar o poder antes do dia 30 de junho ao vencedor das elei��es presidenciais.
O Conselho Supremo das For�as Armadas (CSFA) vai transferir o poder ao novo presidente antes de 30 de junho, assegurou o general Mohammed al-Assar, em coletiva de imprensa.
"O presidente da Rep�blica ser� investido de todos os poderes de um presidente da Rep�blica", enfatizou Assar.
No domingo, os militares do Egito assumiram formalmente o Poder Legislativo at� a elei��o de um novo Parlamento, e condicionaram a realiza��o do processo eleitoral � ado��o de uma Constitui��o por referendo.
Essas medidas est�o contidas em uma Declara��o Constitucional Complementar anunciada na noite deste domingo pelo Conselho Supremo das For�as Armadas (CSFA), no poder no Egito desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
A C�mara dos Deputados, dominada pelos islamitas, foi oficialmente dissolvida no s�bado, em aplica��o de uma decis�o da Alta Corte Constitucional, que na quinta-feira anulou as elei��es legislativas alegando v�cio jur�dico no processo de vota��o realizado em v�rias etapas, entre novembro de 2011 e janeiro de 2012.
Em meio a tantas incertezas, os eg�pcios foram �s urnas no s�bado e no domingo para o segundo turno das elei��es presidenciais para eleger entre o ex-primeiro-ministro Ahmad Shafiq e o candidato da Irmandade Mu�ulmana, Mohamed Mursi.
A Irmandade Mu�ulmana reivindicou nesta segunda-feira a vit�ria de seu candidato, Mohamed Mursi, na primeira elei��o presidencial organizada no pa�s desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
"O doutor Mohamed Mursi � o primeiro presidente da Rep�blica eleito pelo povo", proclamou em sua conta no Twitter o Partido da Liberdade e Justi�a (PLJ), bra�o pol�tico da Irmandade Mu�ulmana, presidido por Mursi.
Mursi falou pouco depois em uma coletiva de imprensa para agradecer aos que votaram nele e se comprometeu a trabalhar "de m�os dadas com os eg�pcios por um futuro melhor, pela liberdade, a democracia e a paz".
Tamb�m prometeu "servir a todos os eg�pcios", independentemente de suas cren�as pol�ticas ou religiosas.
"N�o temos a inten��o de nos dedicar a ajustes de contas", assegurou.
Mursi enfrentava no segundo turno da elei��o, realizado no s�bado e no domingo, uma figura do regime Mubarak, seu �ltimo primeiro-ministro, Ahmed Shafiq.
Segundo informa��es do diretor de campanha de Mursi, Ahmad Abdelati, o candidato da Irmandade Mu�ulmana obteve 52,5% dos votos contra 47,5% para seu rival, com quase 98% dos votos dos col�gios eleitorais contabilizados e levando em conta os votos dos eg�pcios no exterior, que foram compilados nos �ltimos dias.
Mas o campo do candidato Shafiq rejeitou a vit�ria reivindicada pela Irmandade Mu�ulmana.
"N�s a rejeitamos totalmente", declarou � imprensa um integrante da campanha de Shafiq, Mahmud Barakeh.
"Estamos surpresos por este comportamento estranho, que equivale a perverter o resultado da elei��o", acrescentou, afirmando que a equipe de campanha de Shafiq dispunha de n�meros que o colocam na lideran�a da vota��o.
J� a equipe de campanha de Shafiq acusou Mursi de tentar "roubar" a vit�ria, alegando ter vencido as presidenciais eg�pcias poucas horas ap�s o encerramento das urnas.
"� um ato de pirataria reivindicar uma vit�ria usando n�meros completamente errados", declarou � imprensa Ahmed Sarhan, um dos membros da equipe de Shafiq.
"� uma vit�ria falsa", acrescentou Sarhan, ao afirmar que, de acordo com resultados preliminares repassados por sua equipe, Shafiq continuava "� frente dos resultados com entre 51 e 52%" dos votos.
"Em nossa opini�o, Mursi agiu desta forma para poder reclamar de fraude uma vez anunciado oficialmente o resultado da elei��o", disse.
Os resultados oficiais devem ser anunciados na quinta-feira pela Comiss�o Eleitoral.