Ao suspender de forma in�dita um pa�s do Mercosul, o bloco aplicou uma puni��o pol�tica ao presidente do Paraguai, Federico Franco, impedindo-o de participar das duas reuni�es de c�pula do bloco que ocorrer�o durante o seu mandato de oito meses, na avalia��o do Itamaraty. O calend�rio da san��o estabelecido em costura no Itamaraty coincide praticamente com o fim do mandato do atual presidente paraguaio. Ao mesmo tempo, ficam mantidas todas as vantagens comerciais e os acordos firmados pelo pa�s. A suspens�o, decidida em rito sum�rio e por consenso, n�o deu chance de explica��o aos paraguaios.
O Brasil avalia que a suspens�o pol�tica do Paraguai vale tanto para a reuni�o de c�pula do bloco prevista para quinta e sexta-feira, na Argentina, quanto para o pr�ximo encontro de chefes de Estado, previsto para daqui a seis meses. Dessa forma, Franco, que ocupar� a presid�ncia por oito meses, n�o participaria de nenhuma c�pula do Mercosul.
Segundo a assessoria do ministro Antonio Patriota, os pr�ximos passos da diplomacia brasileira ser�o dados em conjunto com Argentina e Uruguai, os outros dois s�cios plenos da uni�o aduaneira neste momento. Como o Paraguai n�o possui embaixadores destes pa�ses, convocados ap�s o impeachment do ex-bispo Fernando Lugo na sexta-feira, uma via de di�logo ter� que ser aberta, de acordo com o Itamaraty.
Defesa
Um primeiro contato com o governo paraguaio foi feito, logo ap�s o impeachment, segundo o Itamaraty. Patriota estava na capital paraguaia quando o Senado aprovou o impeachment e conversou com parlamentares e com Franco, que foi eleito vice de Lugo mas distanciou-se politicamente do ex-bispo. Com base nestes di�logos, o Brasil avaliou que o processo de afastamento do presidente paraguaio ocorreu dando pouca margem de defesa para Lugo, em uma velocidade sem paralelo quando comparado com outros impeachments no mundo.
A presidente Dilma Rousseff ouviu as impress�es de Patriota ontem, durante uma reuni�o no Pal�cio da Alvorada que tamb�m contou com os ministros da Defesa, Celso Amorim, e de Minas e Energia, Edson Lob�o. Jorge Samek, presidente da usina Itaipu binacional, que pertence a Brasil e Paraguai, tamb�m participou do encontro.