A suspens�o tempor�ria do Paraguai nas reuni�es e delibera��es do Mercosul foi uma “medida did�tica”. Para o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), a decis�o dos chefes de Governo dos pa�ses integrantes do Mercado Comum do Sul serve de desest�mulo para que outros pa�ses sigam o exemplo paraguaio e adotem medidas antidemocr�ticas.
Anunciada na noite de neste domingo (24) pelo governo argentino, que ocupa a presid�ncia tempor�ria do Mercosul, a medida serve como protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que comp�em o bloco, e tamb�m dos pa�ses parceiros – o Equador, a Bol�via, Venezuela, o Chile, a Col�mbia e o Peru.
Sarney destacou que a cassa��o do ex-presidente Lugo pelo Congresso do Paraguai, quase em rito sum�rio, foi uma a��o pol�tica que ainda ocorre “em outros pa�ses”. Ele acrescentou que o Mercosul e a Uni�o das Na��es Sul-Americanas (Unasul) devem estar atentos a essas outras circunst�ncias.
Pelo menos neste momento, o presidente do Senado n�o v� condi��es pol�ticas para que Lugo retome o exerc�cio da Presid�ncia da Rep�blica. Para Sarney, ao ser cassado pelo Congresso e aceitar rapidamente o impeachment, Fernando Lugo considerou que perdeu as condi��es pol�ticas de permanecer na Presid�ncia do pa�s.
Isso n�o impede que ele concorra nas elei��es presidenciais previstas para 2013. Sarney evitou qualquer coment�rio sobre a possibilidade de se antecipar essas elei��es para tentar manter a ordem pol�tica interna e garantir o retorno do pa�s ao Mercosul. “Isso � um problema interno, a� vamos entrar em um problema de decis�o do pr�prio Paraguai.”