Em busca de apoio do Brasil para o governo de Federico Franco na Presid�ncia do Paraguai, uma comiss�o do Congresso e de empres�rios paraguaios esteve nesta ter�a em Bras�lia para conversar com parlamentares brasileiros e explicar o processo de impeachment ocorrido naquele pa�s. O grupo acusou o presidente da Venezuela, Hugo Ch�vez, de ter tentado levantar as for�as armadas do Paraguai contra os congressistas, para impedir o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, na semana passada.
Os senadores Miguel Saguira (Partido Liberal Radical) e Miguel Carrizosa (Movimento P�tria Querida) e o deputado Davi Ocampo (Uni�o Nacional de Cidad�os �ticos) afirmaram que ainda na quinta-feira passada o chanceler da Venezuela, Nicolas Maduro, visitou os quart�is das for�as armadas paraguaias e prop�s que elas cercassem o Congresso, para evitar o processo de impeachment de Lugo. "As for�as armadas nos contaram que Maduro visitou os quart�is e pregou a subleva��o", disse Carrizosa. O impeachment foi conclu�do na sexta-feira � tarde.
"Ao contr�rio do que ocorreu no Brasil, durante o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor (1992), no Paraguai o presidente n�o � afastado de suas fun��es quando a a��o tem in�cio. Lugo continuou chefe das for�as armadas depois da autoriza��o para que o Senado o processasse. Ele poderia ter atropelado o Congresso para impedir a decis�o dos senadores", continuou Carrizosa, que � o presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado paraguaio.
J� o presidente da Comiss�o Constitucional do Senado, Miguel Saguier, disse que o processo de impeachment foi legal. Para ele a celeridade ocorreu porque havia o risco de que, ainda � frente do governo, e pressionado por Ch�vez e pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, Lugo utilizasse as for�as armadas para impedir a reuni�o dos senadores que decidiria o impeachment. "Corr�amos o risco de ter dois presidentes: Lugo e Ch�vez".
Os tr�s parlamentares paraguaios rejeitaram qualquer compara��o do processo de afastamento de Fernando Lugo com o golpe que dep�s Manuel Zelaya (junho de 2009), em Honduras. "L�, sequestraram o presidente, que estava de pijamas, e o mandaram para outro pa�s. Quem assumiu o governo foi o presidente da C�mara. No Paraguai, o vice-presidente assumiu o governo depois da sa�da de Lugo. Ele tamb�m foi eleito. Se tem alguma semelhan�a, � com o processo brasileiro", disse o senador Carrizosa.
Acompanhados de representantes da embaixada do Paraguai no Brasil, os congressistas paraguaios almo�aram com uma comiss�o da Frente Parlamentar da Agricultura, que representa cerca de 230 parlamentares brasileiros.