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Estado de Minas

Brasil, Argentina e Uruguai definem termos de suspens�o do Paraguai do Mercosul


postado em 29/06/2012 07:23

Os presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai se re�nem nesta sexta-feira na cidade argentina de Mendoza para definir os termos de suspens�o do Paraguai do Mercosul – o bloco de integra��o regional integrado pelos quatro pa�ses. O novo governo paraguaio, que assumiu h� uma semana, n�o poder� participar das reuni�es e decis�es at� as elei��es presidenciais de abril – mas n�o sofrer� san��es econ�micas.

O Paraguai “n�o perder� obriga��es nem direitos”, disse nesta quinta-feira o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, ap�s reuni�o com os ministros das Rela��es Exteriores da Argentina e do Uruguai. Ontem, o Mercosul liberou US$ 66 milh�es para financiar obras de linhas de transmiss�o de energia el�trica no Paraguai. Os recursos s�o do Fundo para a Converg�ncia Estrutural do Mercosul (Focem), criado em 2006 para reduzir as diferen�as econ�micas entre o Brasil e a Argentina e seus dois s�cios menores, o Paraguai e o Uruguai.

Diplomatas que participam das negocia��es informaram que a suspens�o deve durar at� as elei��es presidenciais de abril, mas a decis�o ser� tomada hoje, na reuni�o de presidentes do Mercosul. O Paraguai foi exclu�do dessa c�pula e provavelmente n�o participar� da pr�xima, que ser� realizada no Brasil em dezembro.

Esta � a primeira suspens�o em 21 anos de hist�ria do Mercosul. O Brasil, a Argentina e o Uruguai questionam a legitimidade do processo de impeachment que, em 30 horas, destituiu Fernando Lugo – o ex-bispo cat�lico eleito presidente do Paraguai em abril de 2008 pela Frente Guasu (de esquerda). Acusado de “mau desempenho” e incapacidade de manter a ordem p�blica, Lugo teve apenas duas horas para se defender antes de ser julgado e condenado pela maioria no Senado. Seu vice, Federico Franco, assumiu na sexta-feira passada (22).

Lugo acusou Franco de liderar um “golpe parlamentar” para impedir as reformas sociais – entre elas, a reforma agr�ria. O novo presidente pertence ao conservador Partido Liberal Radical Aut�ntico (PLRA) – a segunda maior for�a pol�tica do Paraguai, depois do Partido Colorado. O impeachment “foi legal, mas n�o foi legitimo”, disse Lugo. Segundo ele, a oposi��o, que tem ampla maioria na C�mara dos Deputados e no Senado, n�o estava interessada em provar as acusa��es ou ouvir sua defesa – j� tinha decidido afast�-lo do cargo.

Os argumentos de Lugo foram ouvidos pelos chanceleres dos 11 pa�ses que, juntamente com o Paraguai, integram a Uni�o de Na��es Sul-Americanas (Unasul). Em comunicado conjunto, eles questionaram a legitimidade do “impeachment rel�mpago”.

Nesta sexta-feira, depois da C�pula do Mercosul, ser� realizada uma reuni�o extraordin�ria da Unasul para analisar a situa��o do Paraguai. Alguns pa�ses (como a Argentina, Venezuela e o Equador) j� anunciaram que n�o reconhecem o novo governo de Federico Franco. O governo venezuelano deve aproveitar a ocasi�o para renovar seu pedido de ades�o ao Mercosul, que at� agora tem sido vetado pelo Congresso paraguaio. O Paraguai exerce a presid�ncia pro tempore da Unasul, mas foi exclu�do da reuni�o em Mendoza.


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