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Estado de Minas

Julgamento contra circuncis�o religiosa gera debate na Alemanha


postado em 09/07/2012 11:57 / atualizado em 09/07/2012 12:04

O Tribunal do Distrito de Colônia, na Alemanha, decretou a remoção do prepúcio por razões religiosas como lesão intencional(foto: REUTERS/Philimon Bulawayo )
O Tribunal do Distrito de Col�nia, na Alemanha, decretou a remo��o do prep�cio por raz�es religiosas como les�o intencional (foto: REUTERS/Philimon Bulawayo )
Uma senten�a contra a circuncis�o por motivos religiosos abriu uma pol�mica na Alemanha, onde alguns invocam a liberdade religiosa, de mu�ulmanos e judeus em particular, e outros defendem a prote��o da crian�a, em meio a um debate sobre a integra��o cultural. Em sua nuvem, Deus l� o "Julgamento de Col�nia", e fala ao telefone aos seus "colegas Al� e Jav�": "Precisamos conversar com urg�ncia, esses ateus est�o cada vez mais inflados". A charge publicada no domingo no jornal Tagesspiegel resume com mal�cia o debate. Em 26 de junho, o Tribunal do Distrito de Col�nia (oeste) tomou a decis�o de declarar a remo��o do prep�cio por raz�es religiosas como les�o intencional, e, portanto, ilegal. "O direito de uma crian�a a sua integridade f�sica supera o direito dos pais", afirma a decis�o. Segundo uma pesquisa, 56% dos alem�es concordam com isso e 32% se dizem contra. O presidente da Ajuda � Inf�ncia Alem�, Georg Ehrmann, faz parte do primeiro grupo: "o direito da crian�a � uma inf�ncia sem ferimentos deve ser um consenso compartilhado por todas as comunidades religiosas". A Torah exige a circuncis�o do rec�m-nascido antes do oitavo dia. O Alcor�o n�o prescreve, mas a tradi��o � forte. Judeus e mu�ulmanos, apoiados pelas Igrejas cat�lica e protestante da Alemanha, n�o querem esperar os 14 anos da maioridade religiosa para os garotos decidirem fazer isso por si mesmos. Se a sua jurisprud�ncia ainda � incerta, esta decis�o cria uma inseguran�a jur�dica e diversas institui��es como a Federa��o dos cirurgi�es para crian�as, a C�mara dos m�dicos alem�es e a Sociedade Alem� de Cirurgia da crian�a, n�o recomendam esta opera��o para seus membros. "N�s tentamos explicar o conte�do desta decis�o, mas os pais est�o completamente surpresos, eles n�o entendem nada", disse � AFP Gerhard Nerlich, porta-voz do Hospital Judaico de Berlim. "Ainda � muito chato e surpreendente. Dizemos �s pessoas que estamos tristes, estamos fazendo isso h� anos, mas agora n�o � mais poss�vel", acrescentou. O estabelecimento pratica entre "70 a 80 circuncis�es por raz�es religiosas por ano, um ter�o em meninos judeus e dois ter�os em pequenos mu�ulmanos". A comunidade mu�ulmana tem mais de quatro milh�es de integrantes, enquanto o Conselho Central dos Judeus na Alemanha diz representar 105.000 pessoas. Seu presidente, Dieter Graumann, afirmou ser escandalosa a decis�o de Col�nia. "Em todos os pa�ses do mundo, este direito religioso � respeitado". As cr�ticas se acumulam: "O juda�smo e o isl� n�o s�o bem-vindos aqui", afirma o acad�mico Micha Brumlik, autor de v�rios livros sobre a rela��o entre juda�smo e a hist�ria alem�, em um f�rum. "Sem a circuncis�o, n�o pode haver vida judaica na Alemanha", ressalta outra professora, Almut Bruckstein Coruh, especialista em filosofia judaica. "A Alemanha deve, finalmente, reconhecer a diversidade que existe neste pa�s, os mu�ulmanos tamb�m fazem parte deste pa�s, desta sociedade", afirmaram � AFP, � margem de uma coletiva de imprensa, representantes de quase 20 associa��es mu�ulmanas em Col�nia. Esta quest�o de integra��o � pol�mica h� muitos anos na Alemanha. O presidente Christian Wulff afirmou em outubro de 2010: "O Isl� � parte da Alemanha". Mas seu sucessor, Joachim Gauck, mudou o tom e disse: "Os mu�ulmanos que vivem aqui s�o parte integrante da Alemanha". O termo "Kulturkampf" (choque cultural) floresceu na m�dia e todos, seja partid�rio ou inimigo da decis�o, apontam para pol�tica para resolver o debate. O ministro das Rela��es Exteriores Guido Westerwelle j� se distanciou da decis�o, dizendo: "Deve ficar claro: Tradi��es religiosas s�o protegidas na Alemanha". Mas a maioria das comunidades querem mais e estimulam o Parlamento a assumir o caso para garantir a pr�tica.


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