
Os rebeldes se apoderaram nesta segunda-feira de um posto estrat�gico que lhes permite enviar refor�os e muni��es aos seus companheiros de armas em Aleppo, campo de batalha entre insurgentes e regime, que sofreu um novo rev�s com a deser��o de mais um diplomata em Londres.
Diante da escalada do conflito, a Fran�a, que em agosto assumir� a presid�ncia do Conselho de Seguran�a da ONU, pedir� uma reuni�o de urg�ncia dos ministros das Rela��es Exteriores do organismo.
O presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, conversaram por telefone nesta segunda "para coordenar esfor�os para acelerar a transi��o pol�tica na S�ria", informou a Casa Branca.
Isto "incluiria a sa�da do (l�der s�rio) Bashar al-Assad e atender �s demandas leg�timas do povo s�rio", destacou o Executivo americano em um comunicado.
Obama e Erdogan compartilharam suas preocupa��es sobre a repress�o do regime � oposi��o "e as condi��es humanit�rias que se deterioram em toda a S�ria como resultado das atrocidades do regime".
Ambos prometeram coordenar esfor�os para ajudar o crescente n�mero de s�rios deslocados pela viol�ncia na S�ria ou for�ados a fugir pela fronteira para se refugiar na Turquia ou em outros pa�ses da regi�o.
Enquanto o Ex�rcito realiza desde s�bado uma ofensiva para recuperar o controle de Aleppo, segunda cidade e cora��o econ�mico do pa�s, os rebeldes do Ex�rcito S�rio Livre (ESL) ocuparam um importante posto de controle em Anadan, o que lhes permite criar uma passagem entre metr�pole do norte e a fronteira turca, a 45 km de dist�ncia, segundo um jornalista da AFP.
"O posto de controle de Anadan, 5 km ao noroeste de Aleppo, foi tomado �s 05h00 (23h00 de Bras�lia) depois de 10 horas de combates", afirmou o general rebelde Ferzat Abdel Nasser, que indicou a morte de seis soldados e quatro rebeldes, al�m da pris�o de 25 militares.
Esta passagem para Turquia � vital para os rebeldes que instalaram seu quartel general neste pa�s. E caso os opositores consigam o controle total de Aleppo (355 km ao norte de Damasco), v�o criar uma "zona de seguran�a" no norte da S�ria, da� a import�ncia desta batalha.
O Ex�rcito n�o avan�ou nem um metro
Ap�s tr�s dias de confrontos em Aleppo, uma fonte da seguran�a em Damasco afirmou � AFP que o Ex�rcito havia retomado o controle de parte do bairro de Salahedin (sudoeste), principal reduto rebelde, mas que enfrentava "forte resist�ncia".
Entrevistado por telefone pela AFP, o coronel Abdel Khabar al-Oqaidi, chefe do conselho militar rebelde em Aleppo, desmentiu esta informa��o e afirmou que as tropas governamentais "n�o avan�aram nem um metro".
"Durante a noite repelimos um novo ataque contra Salahedin, e destru�mos quatro tanques", afirmou o coronel Al-Oqaidi, que na v�spera pediu que o Ocidente instaure uma zona de exclus�o a�rea no norte da S�ria, acusando o regime de preparar "um massacre" em Aleppo.
Os rebeldes atacaram por sua vez o aeroporto militar, utilizando um tanque tomado do Ex�rcito, segundo o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
Depois de tentar conquistar Damasco, os rebeldes abriram em 20 de julho uma nova frente em Alepo, onde o Ex�rcito, apoiado por refor�os, lan�ou uma ofensiva s�bado.
Os bombardeios a esta cidade de 2,5 milh�es de habitantes e os seus arredores obrigaram 200.000 pessoas a fugirem, segundo a ONU, que solicitou que as organiza��es humanit�rias possam "aceder com seguran�a" a cidade de Aleppo.
A ONG francesa M�decins du Monde (MDM) tamb�m apelou aos envolvidos no conflito a respeitar as regras de direito em tempos de guerra, acusando-os de n�o proteger os civis e feridos, impedir o trabalho dos m�dicos e de bombardear hospitais.
Mais uma renuncia
O regime sofreu mais um golpe com a ren�ncia do encarregado dos neg�cios s�rios em Londres, Jaled al Ayubi, o mais alto diplomata s�rio no Reino Unido, que quis denunciar a repress�o de seu pa�s.
Esta � a quinta ren�ncia de um diplomata s�rio desde o in�cio da revolta que fez mais 60 mortos em todo o pa�s nesta segunda-feira, segundo o OSDH, que afirma que mais de 20.000 pessoas morreram em 16 meses.
Encarregado de supervisionar uma tr�gua que nunca aconteceu, o chefe dos observadores da ONU, o general Babacar Gaye, afirmou ter assistido a uma "ofensiva intensa" nas cidades de Homs e Rastan, no centro da S�ria.
O comboio que transportava observadores da ONU, entre eles o general Gaye, foi alvo de um ataque no domingo, que n�o deixou feridos, indicou o secret�rio-geral do organismo, Ban Ki-moon.
Segundo a ag�ncia oficial de not�cias Sana, Damasco enviou cartas aos l�deres da ONU e do Conselho de Seguran�a, acusando "terroristas" de cometerem crimes "com o apoio p�blico da �rabia Saudita, Qatar e Turquia", tr�s pa�ses que declararam apoio aos rebeldes.
O Ir� alertou sobre qualquer ataque em territ�rio s�rio, dizendo que responderia "severamente", informou o jornal Al-Watan, pr�ximo do governo em Damasco.