A cantora americana Madonna disse durante um show em Moscou que reza pela liberdade das integrantes da banda de punk Pussy Riot, que podem ser condenadas a tr�s anos de pris�o por terem feito uma "ora��o" contra o presidente russo.
O emotivo pedido da cantora se soma ao de numerosas personalidades russas e estrangeiras que defendem as integrantes da banda e consideram as acusa��es e sua pris�o provis�ria de cinco meses desproporcionais. "Sei que h� v�rios lados de uma hist�ria", declarou Madonna, considerando valente a atitude das jovens da Pussy Riot, no dia 21 de fevereiro na Catedral do Cristo Salvador de Moscou. Al�m do show desta ter�a-feira � noite em Moscou, a cantora americana far� outro na quarta-feira, em S�o Petersburgo. "As tr�s meninas - Masha, Katia, Nadia - fizeram algo corajoso, mas me parece que j� pagaram o pre�o, rezo pela liberdade delas", disse Madonna, referindo-se a Nadejda Tolokonikova, de 22 anos, Yekaterina Samutsevich, de 29, e Maria Alejina, de 24, acusadas de vandalismo e de incita��o ao �dio religioso. Nesta ter�a-feira, a Promotoria de Moscou pediu tr�s anos de pris�o para elas no tribunal Jamovnicheski de Moscou, segundo o promotor Alexandre Nikiforov. "O crime � grave e a Promotoria considera que sua corre��o s� � poss�vel em condi��es de isolamento da sociedade. A puni��o necess�ria deve ser uma verdadeira priva��o de sua liberdade", disse ele no tribunal. Violeta Volkona, advogada de uma das acusadas, anunciou que recorrer� � Corte Europeia de Direitos Humanos para denunciar os maus tratos que, segundo ela, as jovens sofreram, como alimenta��o inadequada e humilha��es. Madonna desejou que "o tribunal demonstre clem�ncia e que estas mulheres sejam libertadas em breve", segundo a imprensa russa. O pedido levou alguns fi�is da Igreja Ortodoxa a pedir o cancelamento dos shows. Pr�ximo das elei��es de mar�o, as tr�s integrantes do grupo entraram na Catedral de Cristo Salvador com os rostos cobertos, guitarras e um equipamento de som e cantaram uma "ora��o punk" contra Putin, que disputava o terceiro mandato. Para alguns cr�ticos, o julgamento faz parte de uma campanha mais ampla contra a crescente oposi��o a Putin, que voltou ao Kremlin no dia 7 de maio.