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Estado de Minas

No Congo, 48 mulheres s�o estupradas a cada hora


postado em 24/08/2012 08:35

 

Mulheres são vítimas constantes da violência no Congo(foto: AFP PHOTO/PHIL MOORE )
Mulheres s�o v�timas constantes da viol�ncia no Congo (foto: AFP PHOTO/PHIL MOORE )

Um estudo cient�fico, publicado no American Journal of Public Health, diz que 48 mulheres s�o violentadas a cada hora no Congo (�frica). Organiza��es n�o governamentais (ONGs) de prote��o aos direitos humanos tamb�m registram um n�mero elevado de v�timas masculinas. As Na��es Unidas definiram o pa�s como uma refer�ncia mundial de estupro.

No total, 22% dos homens e 30% das mulheres do Congo j� foram v�timas de viol�ncia sexual em ataques relacionados ao conflito, segundo n�meros de 2010. Desde os anos 1990, o Congo sofre com a guerrilha urbana. Grupos de milicianos enfrentam as for�as do governo. As estat�sticas levaram a enviada da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) ao pa�s, Margot Wallstr�m, a classificar Kin Shasa como a "capital mundial do estupro".

Seis milh�es de pessoas j� foram mortas no conflito na Rep�blica Democr�tica do Congo desde 1996. Hoje, a m�dia de mortos � 54 mil por m�s. De acordo com investiga��es internacionais, os estupros s�o cometidos tanto por mil�cias quanto pelas for�as oficiais.

Em document�rio de uma emissora de r�dio - An Unspeakable Act (na tradu��o livre, algo como Um Ato sobre o Qual N�o Se Pode Falar) - foi ao ar uma s�rie de depoimentos. Uma das v�timas conta que foi estuprada por quatro homens que mataram seu marido e seus seis filhos enquanto riam e pareciam se divertir.

Uma mulher relata ainda que os estupradores a mutilaram, o que, segundo as investiga��es, costuma ser frequente nos ataques com viol�ncia sexual. Um homem disse ter sido v�tima de abusos sexuais cometidos por integrantes do Ex�rcito, informando tamb�m que teve a fam�lia assassinada por seus agressores.

Para Chris Dolan, diretor de um projeto que d� assist�ncia legal a refugiados congoleses em Uganda, os abusos sexuais s�o uma arma de guerra mais eficiente do que as convencionais porque rompem a harmonia e o tecido social de uma comunidade. "Todas as rela��es entre os integrantes de uma fam�lia, e dessa fam�lia com a vizinhan�a e com a sua comunidade, podem ser afetadas por um estupro."

Desde 2009, Dolan dirige campanha para ampliar a conscientiza��o sobre o fato de que v�timas de viol�ncia sexual podem ser homens, al�m de mulheres. Sua organiza��o tamb�m oferece ajuda �s v�timas masculinas, que sofrem com graves sequelas f�sicas, al�m de serem estigmatizadas na comunidade.

"As sequelas psicol�gicas de um abuso desses tamb�m s�o terr�veis. As pessoas descrevem essa situa��o como uma tortura interna", diz William Hopkins, psiquiatra da organiza��o Freedom from Torture, explicando que a v�tima passa a "odiar a si mesmo."

Muitos dos estupradores n�o demonstram desconforto em descrever os ataques. Um dos milicianos entrevistados no document�rio da emissora de r�dio disse ter ficado feliz depois dos estupros e comentou que fica mais violento quando as v�timas reclamam.


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