LONDRES - As fotos das anota��es de um plano da pol�cia brit�nica para prender Julian Assange se o fundador do site WikiLeaks decidisse sair da embaixada do Equador em Londres, onde se encontra refugiado, foram publicadas pela imprensa brit�nica neste s�bado.
Um policial que protege a embaixada foi fotografado com um documento manuscrito no qual se pode ler "restringido" e "decis�o - justificativa de apoio".
O documento assinala que o fundador do WikiLeaks dever� ser detido "sob qualquer circunst�ncia" caso d� um passo para fora da embaixada, que est� localizada junto ao luxuoso centro comercial Harrods, no elegante distrito de Knightsbridge.
Al�m disso, este documento indica que se o australiano de 41 anos tentar sair de uma embaixada num ve�culo, sob imunidade diplom�tica ou em um malote diplom�tico, dever� ser detido.
"S�o anota��es de um oficial feitas durante uma reuni�o", explicou um porta-voz da Scotland Yard.
"Nosso objetivo � prender Julian Assange por n�o cumprimento de sua fian�a. Sob nenhuma circunst�ncia se proceder� a uma pris�o que viole a imunidade diplom�tica", acrescentou o porta-voz.
Assange, depois de esgotar todas suas op��es legais na Gr�-Bretanha para evitar uma extradi��o para a Su�cia, onde � procurado para responder por acusa��es de delitos sexuais, entrou na embaixada equatoriana em Londres em 19 de junho e pediu asilo.
O Equador concedeu este asilo pol�tico em 16 de agosto.
A Gr�-Bretanha diz estar legalmente obrigado a extraditar Assange para a Su�cia se ele sair da embaixada do Equador.
O documento tamb�m adverte sobre "poss�veis distra��es", o que sugere que a pol�cia teme que seus partid�rios tentem criar uma distra��o para facilitar a fuga de Assange.
Os chanceleres e representantes da OEA aprovaram na noite de sexta-feira uma resolu��o de "solidariedade e apoio" ao Equador em seu conflito diplom�tico com a Gr�-Bretanha pelo asilo concedido a Assange.
A resolu��o pede que se "rejeite qualquer tentativa que ponha em risco a inviolabilidade das miss�es diplom�ticas" e, "neste contexto, manifesta sua solidariedade e apoio" ao Equador, segundo o texto, aprovado por consenso pela organiza��o, apesar das reservas manifestadas por Estados Unidos e Canad�.
A resolu��o pede tamb�m que Equador e Reino Unido "mantenham um di�logo que permita resolver suas atuais diverg�ncias".
"Esta decis�o da OEA nos deixa plenamente satisfeitos", pois mostra que "temos o pleno apoio dos pa�ses latino-americanos e caribenhos", comemorou depois o chanceler equatoriano, Ricardo Pati�o, em uma entrevista coletiva � imprensa.
Estados Unidos e Canad�, que se opunham a uma abordagem do caso pela OEA por considerarem que este � um assunto bilateral, n�o aderiram ao par�grafo que manifesta solidariedade ao Equador.