O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, visita amanh� (30) o Senegal no momento em que o presidente senegal�s, Macky Sall, decide fechar o Senado do pa�s para poder utilizar os recursos, aplicados na manuten��o da Casa, em programas de saneamento para as v�timas de inunda��es. Segundo Sall, � um “procedimento urgente” baseado na reforma da Constitui��o e com o apoio da Assembleia Nacional.
Pelos dados do governo do Senegal, h� v�timas n�o s� nas redondezas da capital do pa�s, Dakar, mas tamb�m em v�rias cidades no interior. “O al�vio do sofrimento do povo � mais importante que o Senado, pois temos de acabar com as inunda��es que afetam o pa�s de forma c�clica”, disse o presidente senegal�s.
Patriota tem reuni�es com o primeiro-ministro do Senegal, Abdoul Aziz Mbaye, e o secret�rio-geral do Minist�rio de Neg�cios Estrangeiros, Papa Omar Ndiaye. Em discuss�o, acordos de coopera��o em agricultura familiar, seguran�a alimentar, energias renov�veis, ci�ncia e tecnologia e uso sustent�vel do meio ambiente. Eles conversam tamb�m sobre as tens�es na Guin�-Bissau e no Mali.
Na �frica, o Brasil se preocupa tamb�m com a instabilidade pol�tica, e o Senegal exerce um papel importante no continente por sua localiza��o e atua��o. Tanto na Guin�-Bissau quanto no Mali houve ao longo deste ano destitui��es de presidentes da Rep�blica por grupos militares. Internamente, ambos os pa�ses ainda enfrentam tens�o.
Em abril, um grupo de militares retirou do poder n�o s� o presidente da Rep�blica, mas tamb�m o primeiro-ministro e o chefe do Estado-Maior. Na ocasi�o, a Comunidade de Pa�ses de L�ngua Portuguesa (CPLP) amea�ou levar o caso ao Tribunal Penal Internacional. O Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas condenou o chamado golpe de Estado.
Antes disso, em mar�o, no Mali, pa�s com 12 milh�es de habitantes, tamb�m houve um movimento semelhante. Militares, sob o comando de Amadou Sanogo, tiraram do poder o ent�o presidente Amadou Tour�. Os militares disseram que Tour� foi destitu�do porque era ineficiente no tratamento com as mil�cias e a guerrilha. Depois do golpe, o pa�s se mant�m dividido.